Se lançar-mos um contra o outro
Tudo estará bem e não haverá dor
As palavras não te assustam
Tampouco livro algum
Que ainda que inspirações malignas ocorrerem
Sabes que és ainda a Musa
Todas as Inspirações sejam vos filhas
E ainda que aparentam a beleza maligna
Serão sempre a teu favor
E serão sempre tuas favoritas
Se ainda escancarada for a ferida
Será indiferente nos ferirmos assim
No findar da noite irei vir recolher de ti a música
Minha face aos teus seios reclinarei e não tornarei
Unidos na inimizade iremos terminar com a alma do outro até terminarmos com a Sagrada Noite
Eu partirei com a sobrevivência da alma
Teu corpo será amaldiçoado com movimentos estranhos das Danças Proibidas e das Sinfonias Mudas
Teu corpo sofrerá a possessão
A Minha Alma e a Tua Alma
Torturando carícias
Mantendo-o preso com iras intermitentes
Com os aparecimentos e sumiços do prazer que as dissipa nunca definitivamente
Então teu corpo possesso estarás preso
Ao nosso quarto
Até voltarmos a nossa inimizade
Quando para ti vier colher a música
E tu vieres ao meu encontro e me abraçar
Para te confirmares tão forte em mim
E impor-se Musa