quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Glória, o Heroísmo, Sangue, Morte e Vitória



Hastêem a bandeira soldados
Porque grande é a nossa causa
Grande é o vosso orgulho
A bravura de vós é requisitada
Em nome da Nação e de Deus
Quando vosso caráter for provado ao fogo
Vós sabereis o que és e quem não é

A história é para aqueles
Que ousaram enfrentar a morte
Que frente ao inimigo
Não hesitaram em combatê-lo
O temor de sangrar e de morrer?
Jamais!
A devoção a honra, o dever e a glória?
Eternamente!

É hora de ouvir os brados heróicos
Que glorificam o povo que os originou
É hora de fazer história
E honrar o legado das futuras gerações
Vosso instante em batalha é para sempre
Vosso apego pela causa é pela história
Vosso valor, princípios e vosso sangue
São ensinamentos para a humanidade

Vosso santo furor na hora da batalha
Vossa energia vibrante e semblante viril
Enfrentam as tempestades, os redemoinhos
A fúria do mar e a fúria da Terra
A injustiça e a iniqüidade
E pavimentam o caminho do mundo melhor
Que vós semeiam
E vossa ceifa separa o joio do trigo

E a guerra é o meio
A boa causa o princípio
E a paz o fim!

Vós lutais por vossos companheiros
E pela Vida
Apesar da ingratidão e da covardia
Vós continuais a vossa marcha
Com orgulho e honradez
Pois sois livres
E livres não fogem nem temem
Aqueles que são livres lutam e acreditam

E a guerra por vossa bravura
Adquire a beleza
Pois a beleza é pela Vida
Até na hora da morte
Que registrará vossos nomes eternamente
Pelas causas eternas
E babacas

E vós sois idiotas
Hastêem vossas orelhas-de-burro
Porque a bandeira que vós erguestes não foram vós que teceram
E mesmo assim não raciocinais
E vêem glória em se entregarem ao matadouro
Porque vossos pastores vos fizeram pastar
E te apascentaram até a rinha de galos

Vos fizeram aprender com a morte
Do qual não ensina nada
(Não se aprende nada com a morte!
Nada se aprende com a morte!
Não há sabedoria nenhuma na morte!
Nada! Nada! Nada! NADA!)
E com vossa morte
Fizeram ouro ao lançar-vos ao fogo
E com vossos filhos
Farão mais tolos
E a guerra é estúpida
E os estúpidos é que lucram com ela

E o legado da história
Às gerações futuras
É um atestado de nossa incompetência
Contra nossas convicções em nossas faculdades

Um legado de dor e choro
Ódio cego e burro
Um clamor dos mortos:
“Sejais tolos como nós, pois isso é humano”.

A anti-humanidade no seio da humanidade
Um cálice de cicuta aos nossos Sócrates
E a recrucificação de nossos melhores
Pela glorificação de medíocres
A guerra é estúpida
E a vitória na guerra
É a vitória da estupidez e da incompetência
Tolos comemorai vossa vitória!
 
(A guerra é necessária
E traz benefícios
Há males que vem para bem
E os fins justificam os meios
Quebremos nossas pernas para que elas fiquem mais fortes
O que não me mata me fortalece
À coação edifica os fins
Que eu não quero!)

Quem dirá que inocentes morrem?
Os anjos mórbidos que nos levarão à danação?
Quem apontará os culpados?
Se todos lavam as mãos?

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