quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A Multidão da Insanidade

Estrelas das Insânias
Rasgam o céu
Onde guardávamos nossos papiros

Gentes mortas erguem-se
O pavor que está entre a morte e a amarga vida
Delírios-cadentes - Últimos escritos

A Melodia que sai do escuro cór
Ameaça a todos nós
E quando nos traz para perto da Multidão Sagrada
Em nossos rios de lágrimas a fluir para fora de nós a vida
Então a Melodia nos devora
E a Multidão Sagrada se torna profana
Por Amor de ter nossos nomes
E lançá-los a um esquecimento final
Que permanecerá tórrido tal a lava de um vulcão
Do calor que fomos um dia
A Ausência-Calor uma Silhueta
Enfim nos apaga
Nos transforma
Nos Ama
No Amor infinito e vazio
Dos Abismos Astrais das Estrelas Enlouquecidas