Ao contrário de quem pensa que Renúncia é apenas algo negativista que
implica apenas em perder, ou seja, que é uma fraqueza, a Renúncia pelo
contrário é uma força e uma sabedoria.
Para ser capaz de superar o
engano e a perda de tempo feita por reluzentes dispensáveis tal falsas
amizades e falsas oportunidades é necessário ter o poder de construir um
caráter o qual pode superpassar o poder de quem constrói redes de
ilusão.
Não se trata de subestimar o poder da ilusão. Ilusões não
são inexistentes e quando se está sob o domínio de uma, essa pode
causar toda a sorte de mal para quem está sob o efeito dessa. Só depois
de atravessá-las é que se pode se dar ao luxo de vê-las como sombras na
caverna aumentadas pela luz da fogueira.
Isso se dá porque a
Ilusão faz parte do Real, assim como o reflexo numa imagem constitui a
intercessão entre o espelho e aquilo que fornece a imagem a ser
refletida nele. E como podemos inferir simbolicamente e literalmente dos
ensinamentos de Newton, o domínio virtual pode as vezes ser um campo
onde vemos a imagem exata do mundo e do que somos, tanto quanto também a
imagem distorcida.
O quanto isso pode ajudar ou atrapalhar em
nosso andamento na vida? Como podemos fazer uso das imagens exatas e das
imagens distorcidas contra ou ao nosso favor?
Eis a questão...
E
ao se ter o poder da renúncia, a rede de ilusão se dissipa e apenas o
que é verdadeiro aparece no horizonte, resgatando opções que seriam
ofuscadas pelas ilusões não dissipadas.
A Renúncia é a capacidade
de abrir mão do ilusório pelo real. E ao abrir mão disso, se abre
espaço para verdadeiros relacionamentos e verdadeiras oportunidades. As
quais não podem e nem devem ser renunciadas posto que são verdadeiras.
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