I
Não visto no reino dos mortos
e nem existente para deleite de ser visto no reino dos vivos
Apenas para brilhar surge
Tampouco Ser... Manifestação!
Quem pensa em ser diante da luz?
Quem tem tempo para vaidades existenciais quando se está plenamente existente?
Quem tem tempo para máscaras de consciência quando se está atento?
Quem tem irresponsabilidade para se ausentar quando saber é estar presente?
II - O que é o Passado?
Somos nós mesmos de forma tão Absoluta
Que sentimos o envio de nós por nós mesmos
Para preencher e caminhar outros tempos e outros espaços
Somos nós
Nunca os mesmos e Sempre o mesmo movimento
De tempos e tempos
Numa origem sem fim
O Beijo do Infinito no Finito
Infinito seja
Estar dentro do Fim
Tão intensamente ao ponto de ser dever não aceitar quaisquer prisões
Apenas a nossa liberdade acompanhada
Verdadeira liberdade
Verdadeira construção
III - Solitude
Solitude nos jardins da aurora florescerá
Jardins de aurora florescem
Com a devida Solitude para regar
Amar, aquecer e dar a devida observação
Da Solitude a Observação
Que tudo ilumina generosamente
O Sol que manifesta atiça os seres
E presto estes vão uns aos outros como querendo esclarecerem-se
De onde veio o despertar primeiro...
Quem é o Ser Primeiro que despertou?
Quem poderá dizer verdadeiramente?
Então declare-se orgulhosamente
Verás que teu Orgulho de Ser não foi o primeiro e nem será o último
Então saibamos que em todo o tempo que se há é todo o tempo que passou
"Houve um nós
E haverá eternamente"
Seja a Canção do Futuro no Coração
Que estava na memória e está a ser cantada agora