(...) dá aula de matemática
(...)...
Gosto de ser brasileiro
Cositas assim | Quimeras Atômicas | Satalion Desgacildes
Procê e para mim | No céu jardim | Chinpomsona Uronildes
Láralarara
Amor voltou para mim
Laralararara
Sou a bossa nova SIM
___________________
Morte | A anti
aos | rosa
Marcianos | é o
e | efeito
aos | da inveja
ciclanos |no meu cérebro
domingo, 19 de janeiro de 2020
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Palavras de Amor
Eu sei que Fernando Pessoa me diria
Ou melhor
Fernando Pessoa me diz
Existe amores estranhos
Amores-loucura
Mas estranho mesmo
Loucura mesmo é não amar
Quem sou eu para negar?
Amar é low-cura
E Hi-cura
Leva almas desertas para serem novamente criativas em invenção de amorosidade
E leva almas gêmeas para se encontrar
Mesmo nos campos de batalha do twitter
É possível encontrar amor em qualquer lugar
Até lá
Queria ter pensado nisso antes
Que seja agora então
Esse pensamento de amor por acabar
Pode me chamar de Poeta
Mas palavras de amor
Não são apenas palavras
Falar de amor é fundamental
E se reclamarem
Vou inundar o mundo dessas palavras
Quem tiver um amor salva vidas
Não tem de se preocupar
Quem tiver na busca
Também não
Poemas de amor
São os únicos que valem ser escritos
E quando são vividos
Se tornam poemas melhores
Mas tudo tem que vencer o medo do ridículo
Que haja amor que comece com um bilhete tímido
E que depois não termine mais
Seja um eloqüente infinito
Ou melhor
Fernando Pessoa me diz
Existe amores estranhos
Amores-loucura
Mas estranho mesmo
Loucura mesmo é não amar
Quem sou eu para negar?
Amar é low-cura
E Hi-cura
Leva almas desertas para serem novamente criativas em invenção de amorosidade
E leva almas gêmeas para se encontrar
Mesmo nos campos de batalha do twitter
É possível encontrar amor em qualquer lugar
Até lá
Queria ter pensado nisso antes
Que seja agora então
Esse pensamento de amor por acabar
Pode me chamar de Poeta
Mas palavras de amor
Não são apenas palavras
Falar de amor é fundamental
E se reclamarem
Vou inundar o mundo dessas palavras
Quem tiver um amor salva vidas
Não tem de se preocupar
Quem tiver na busca
Também não
Poemas de amor
São os únicos que valem ser escritos
E quando são vividos
Se tornam poemas melhores
Mas tudo tem que vencer o medo do ridículo
Que haja amor que comece com um bilhete tímido
E que depois não termine mais
Seja um eloqüente infinito
O Último Vôo do Corvo sobre o Deserto
Meu Amor
Meu Mais Doce Amor
Não darei a Ti
Porque tu és minha
mais Doce Morte
E eu sou ainda…
Algo que soprar para
ti
A Melodia da
Despedida
Em outros braços de Morte
Eu me dou
Porque pertenço a
Natureza
E tu a
Divinalisar-se
Em outros braços de
Amor
Nós nos Encontramos
Criando a Distância
Com que nos
bendizemos
Mas venha
Venha assim mesmo
Venha escutar esta
canção
Que o - Nunca Mais!
Não pode mais
esperar
Hás muito o que
ganhar com esta partida
Não planejada, mas
sonhada
Pelas mãos que
estão acima das coisas deste mundo
Mãos sobre a mesa
de jogos
Compartilhando o
Destino
Lutando para saber
quem fará mais do igual quinhão
“Onde há mais
Desejo
Há mais Serpente” Tu dizes
Há mais Serpente” Tu dizes
“Onde há mais
Serpentes
Há mais Frutos e Jardins Abandonados” Concordo.
Há mais Frutos e Jardins Abandonados” Concordo.
---
I
Que seja anunciada
Que seja anunciada
Quantas vezes
necessária
A Indiferença
A Dama Indiferença
quer entrar
e quer ser aplaudida
No Oásis de meu
Deserto
Seja pois Bem Vinda
Fique a vontade
De não sentir Nada
O Amor aqui é para
ser renegado
E o Corvo que a tudo
observa
Sem tudo ver
É também adorado
com obras de negação
Interessado no que
há de ter fim
Eis aí a razão de
ser Alado
Sem carecer de tua
Verdade
Para ser libertado
Liberdade ao Corvo
É um presente
Que nunca pode ser
dado
Assim como a Dama
Indiferença
Se dá a si
Com a diferença
Que este Corvo não
se anuncia
Apenas vem
Para partir
II
Nada quero de ti
Que não seja a
Renegação
A Indiferença não
me dê
Já a busquei em teu
doce leito
Teu nada sentir
Sinto muito
Teu não amar
Já amei para sempre
E agora
Amo - Nunca Mais
III
Eu sou um Canto Maldito
Melodia que tem nos Lábios
Para anunciar as gentes
Eu sou um Canto Maldito
Melodia que tem nos Lábios
Para anunciar as gentes
Para praguejar
contra as Malécias do Amor
Até o Ponto que me
fazes o Deus do Ridículo
Agradeço o poder de
me fazer divino
Mas prefiro voar
Com o poder de tuas
maldições a me embalar
Na música cada vez
mais além
Em Teus Lábios não
pousarei mais
Quero Mais
Voar cada vez mais
Além
Até o Sorriso do
Céu
Mostrar-me a direção
Para Celebração de
outros fins
Lembro-me de ti
assim
Esqueço e enfim
desvaneço
A Canção do Vôo -
Finalmente!
A Transcendência do
Vôo da Alada Criatura Noturna
E Tu! Tu! Abaixo a
me encorajar: - Nunca Mais!
IV
Não e Nunca!
Se fazendo Divindades de cada uma de minhas asas
Se fazendo Divindades de cada uma de minhas asas
Tu! Tu! Te
apresentas como Divindade em meu olhar
Na Estrada que eu
contemplo
Eu posso fechar os
meus olhos
Eu posso bater as
minhas asas
Eu posso e vou
- Nunca mais!
V
Tu inspiras as artes
Eu recebo tuas
ventanias e vou
Se queres ouvir a
Música
Parto em lugares
altos
Ouso diante das
águas
E também queres a
Poesia…
Eu tá dou.
Deixe-me que eu seja
perto
Cada vez mais perto
Da distância de teu
Seio
E enfim
Pousarei sobre o teu
livro favorito
E ante os ossos de
teu poeta favorito
Abro meu coração e
o Amor a te querer mais
Abre-me o Grito: - NUNCA MAIS!
Abre-me o Grito: - NUNCA MAIS!
VI
Amores Finais
Amores Totais
Celebração a Ti
Todo o Amor a Ti
Brindam e se
embriagam
De - Nunca Mais!
Por Ti! Por Ti!
E em mim
O Silêncio
Que celebra mais
Sou eu um
amante?
Sou eu um Corvo
Sou eu um Corvo
Eu sei de meu ofício
nesta festa
Mas se calo-me ao
ponto
Da contemplação
desta desolação alegradas
Com estas criaturas
por teu nome
Nada posso fazer
E é Tu que fazes
Em Teu Brinde que
convida a todos
Até a mim para que
fique de longe
Tu dizes:
- Ao Amor
A Mim
A Cada um de Vós
Em cada momento a
Sós
Por Mim
Em cada ofício do
Tempo
Em cada lamento no
Templo
Que ainda não se
saciou ao ponto
De Trazer a Terra a
Lascívia às gentes
Mas ante a Fera que
não se sacia
E com quem
disputamos insana porfia
Vamos deitar vinhos
ao nosso nome na Eternidade
Porque eis que nossa
Ascenção
É obra de nossa intenção
É obra de nossa intenção
Erguei então vossas
taças
Por hora dai este
erguer as vossas mãos
É fim do silêncio
(Escuto e eis que tu
e eu dizemos): - Nunca Mais!
SETE
Um vôo sobre a asa
de um Corvo no Deserto
O que tu não
sonhaste eu te faço ver
E o que tu não
quiseste dizer eu te faço crer
É dia de tu
desviar teu olhar da Cidade
E pousar aqui muito
além do Espelho
As Areias do Deserto
que dançam por Ti
Muito Além da
Madrugada
Muito além do Tempo
a querer dançar contigo
Verdadeiramente
Deidade Indiferente a Tua Indiferença que faz Ventanias e Boatos nas
Bocas dos Povos
Como A Loucura de um
Poeta a Receber Teu Beijos nas Distâncias
E tuas risadas na
cara e na carne
Tu Dama que és
Indiferente
Adoras o Deus do
Ridículo
Quando ris e obrigas
as gentes ao teu Riso
Não mais
Agora queres que o
Corvo te leve
Para o Deserto que
te comove
O Deserto que te
leito
De todas as cartas
Que não leio de ti
Em segredo de saber
Faço-te saber
Cada vez mais
Das nuances e
melancolias
Verdadeiramente
requeridas por ti
Para que seja
nomeado: Amor
Verdadeiramente
requeiro de ti
Requeiro ver tua
Alma
Se abrir com o que
me traz a Fortuna
E o Tempo que não
descobri
Requeiro que digas
da Natureza de Teu Amor
E faço revelar que
na Divindade Mesma
Há te ter Natureza
E se não choverá
jamais
Aqui que se faça
espelho
Vou me ajoelhar a
tua indiferença
Vou adorar-te agora:
Tanto faz
Porque de agora e
sempre
Minha adoração com
Tua Face é: - Nunca Mais!
Eis me aqui
Tenho a Fé que me
entregaste para te guiar
Tenho o Teu Desejo
Cristalino, Cristais de Areias
Para me Cegar na
Colheita
Pois me entregarei a
Escuridão
Renegarei o que de
ti vem com prontidão
De se fazer Distante
Promessa ou Agora de um Verão
Pois daqui não
partirei em vôo
Porque cantarei o
que de ti somente é canção
Perseverar nesta
verdadeira Romaria
Até que eu seja a
Derradeira Miragem
De teu - Nunca Mais
(Câmera Iluminada
Pois as Trevas aqui
ficarão registradas
Dou-te o que me dou
Dou-te o que sou
Enquanto sou por ti
A serviço de teu
nome
Na luta com tua
justiça
Sim, sim...
É por ti que só
acordo de um Silêncio Eterno
Para deitar-te meu
Canto
Ouça-me Agora
Ouça-te em mim para
sempre
Eis me Aqui
A Tua Eternidade
A Divindade de Teu
Inquebrantável Espelho
A Tua Oração a te
Surpreender quando pedistes sem Fé
A Tua Maldição
quando fizestes um Mal Sem Inocência
Eis me aqui
Se me queres
totalmente
Ou não queres o
absolutamente desta questão
Arranca de mim este
Coração
Toma para ti este Amor
Toma para ti este Amor
Porque o que me
corta sangrando-me teu nome
Abre-me a
Visão
venha cá e veja a ti): - Nunca mais...
venha cá e veja a ti): - Nunca mais...
Fé
Eu tenho a mesma
devoção que alguém que muito crê
Não crendo
Eu vejo a
personificação do que não irá acontecer
Eu vejo as imagens
belas que são dadas a profetisas e profetas
Nestas visões de
Maravilhas
Ao qual posso tocar
de tão reais
A minha Alma se
fortalece
Estas visões
desaparecem
E supero mais uma
tentação da Divina Graça
como o poder da
minha não-Fé
Se amar é acreditar
A minha
incredulidade está operando milagres
Estou vendo miragens
Nunca estou com
saudades tamanha é a dor que nunca me deixa só
Eu de nada sinto
falta
Acredito na
materialização do Vazio
na onipresença da
Solidão
e no Sagrado Adeus
da Dama de Vermelho
Eu te amei
(eu posso dizer
isto)
Eu te amo
(E Que Deus tenha
misericórdia da minha Alma)
Eu te amarei
Eu te amarei
Quando o Amor está no Olhar
I
Ouvi uma idéia de
Amor
Quando o Amor está
no Olhar nós iremos ver
Quando o Amor está
no Olhar nós nos veremos
O amor é a paisagem
e a música
pintando a natureza
na mente
Sendo a Natureza
para encontrar
Explorando
profundidades e alturas
e nesta Criação
Nós poderemos ser
Algo além de ser
está se manifestando
Está acontecendo
Você e eu
Tempos de Tempos
prepara
Nosso Encontro
a realização do
amor
está guiando ao
caminho
ao nosso caminho
Eu estou indo de
volta para casa
II
Quando você escuta
sobre um amor
O Amor
Melhor continuar em
seu caminho
Não sair do
compasso
Não ficar para trás
Apenas dançar
em um caminho: um
amor
Sim. É mágico
É por tudo o que
você sempre sonhou
Então alcance
Depois que você
conseguir
Será tudo com o que
você sonhará
Sintonizado nisto
E não fora como
antes, mas no íntimo
Lá fora será
Céus sempre se
expandindo
de abraços que
duram para sempre
Amor para se jurar
diante do fogo e do inverno
Amor para tocar os
violinos do silêncio
e a lua da música
Beijos para pintar o
paraíso e fazer harmonias
Enquanto uma estrela
dança no céu
Num amor que canta
uma canção de despertar
Uma estrada para a
paisagem onde as pessoas que se amam estão juntas
E de repente toda
natureza se torna
Um nome amável para
amantes manterem o amor a brilhar em seus braços
Observe e veja
Este céu, este
silêncio e estas canções
Serão você e eu
O amor está falando
de nós
Enquanto o amor em
nossos corações
Nos faz conversar
Eu preciso ir mais
longe
O Amor é real – a
coragem mostra o caminho
A Beleza sempiterna
pavimenta o caminho
Bondade em seus
ombros e verdade em seus movimentos
Divindade em meu
Coração eu vejo
Divindade inspirando
a vida no jardim onde caminha
Saiba tu que nos
caminhos certos esperarei e caminharei
Porque caminhos
certos te mantêm perto de minha vida e me mantêm vivo nos sonhos
no Universo da Mãe
de Mães – Natureza
Eu tenho o Amor como
Criador
e na Criação dos
Sonhos
Tudo o que significa
para mim
É viver por amor de
você
Os Abraços e Beijos
de você e o amor de você apenas
Tudo o que eu quero
me tornar
É ser amar você
Existência de
existências
Crescendo e
espalhando palavras e a luz de minha Musa
No Jardim de Amor
que lhe pertence
Eu pertencente
Ao amor e a amar
você ainda mais
Assim que a Vida
cresce e mostra você
A Musa
que sabe o que amor
é feito para ser
e será
Este coração sabe
disto
Porque o caminho que
leva a você
É para onde estou
indo
III
Os Amáveis Olhos
sabem
Os Amáveis Olhos
irão ver
Miragem
Não posso sentir o calor pelo qual se esvai a minha vida
Abraçado tão perto a ti
Musa do Deserto
É tanta luz neste nosso encontro
Teu Vestido tão Branco, ainda Azul
Reluz? Lucifica?
Se estou lúcido diante de uma Miragem
Eu existo? Ou sobrevivo agora no que dizem ser a continuação do Ser?
A continuação do Amor
Miragem
Abraço-te tão perto
Musa Amiga
Diz-me coisas que não consigo resistir
Deixo de duvidar um pouco
Para colher beijos e passear minhas mãos pelo Teu Corpo
Teu Rosto enfim
E depois de sentir o Amor e refrigerar a Alma
Nesta Chuva no Deserto em que juntos nos beijamos
Satisfeito e renovado
Eu volto a duvidar
Lúcido
Solitário
A atravessar
O inatravessável
Deserto sem Fim
Divindade em mim
Caminho Infinito
Miragem do Amor Existente
Sobrevivente nos Braços de Eternidade da Solidão
Invitação ao Amor
Eu
Estarei pensando
Pensamentos de amor
Sentimentos de amor
com você aqui
em meus braços
Tão gentilmente
Tão docemente
Beijando você
Bem lentamente
Isto é o que
estarei pensando
Você é gentil
doçura
Não posso fazer
isto de outra maneira
Você é tão
intensa
E tão…
Sábia tal a
Natureza
Bela tal uma
Tempestade
e em paz como as
profundezas do Mar
Eu posso tomar um
tempo
posso tomar a
eternidade
Eu estou do fundo do
meu coração para estar com você aqui agora
Uma lágrima de
alegria no oceano de você
Sim…
Eu estarei pensando
em Amor
Quero…
Eu quero
Beber o vinho do
amor
que será
Beijar teu lábios
Eu preciso celebrar
Meus lábios
celebraram por encontrar os teus
Não posso fazer
isto de forma diferente
És Tu quem eu vejo
És Tu quem eu vejo
vindo em minha direção
Meus queridos amigos
eles olham para mim
e me abençoam
Porque você dança
tal uma estrela
Você é uma estrela
Você vem em minha
direção
Eles olham para mim
E nos olhos deles
Eu vejo
Testificam que eu
serei feliz
O Mais Feliz do
Mundo
Sem dúvida alguma
Eu olho para eles
E é você quem eu
vejo
Você me abençoa
Abençoa a todos
Eu sei que eles
estão em perdição
Também eu me
perderei
Você em minha
direção
Não posso sentir…
Não posso sentir
nenhuma outra coisa
Eu sei que é amor
Não posso pensar em
nada mais
Ninguém mais
Senão Você
O que você está
fazendo…
Comigo?
Eu não sei
Comigo?
Eu não sei
Você despertou uma
luz dentro de mim
Então deixe que
brilhe
No ritmo do meu
coração a bater
Tudo o que meu beijo
está em ânsias de fazer com você
Eu tenho meu coração
aberto para você e está aberto amplamente tal o Universo
É você em meu
caminho
Tu em meus braços
Eu celebro a vida
Eu celebro com
gratidão
Teus olhos brilham
em mim
E eu
Sou completamente
amor por Ti
Quando tu me
abraças
Tu me sustentas
Tu me sustentas
E eu serei ainda
mais amor
Amor buscando as estrelas
Meus braços
buscando os teus
Amor para ser
encontrado
E amor agora mesmo
Sol procurando pela
Lua
Beijos trazendo-os
juntos
Estação Perfeita
Perfeita
Manifestação
Tu – Perfeita
Tu – Perfeita
O Amor está e…
está encontrando
seu caminho
está nos seguindo
através do Tempo
o Amor está bem
aqui
Uma Criança nascida
de nossos beijos e abraços
Tu e eu em união
Tal um Oceano no Início do Surgimento da Vida
Tal um Oceano no Início do Surgimento da Vida
É isto o que eu
quero
É isto o que eu
acredito
Eu seguro tua mão
É tudo o que posso
fazer
Eu não consigo
segurar teus charmes e tua Beleza
e nem segurar-me
Eu apenas seguro tua
mão
é tudo o que posso
e diante de tudo
isto
Olhos se encontram
E sei
Teus Sonhos irão me
guiar no passeio pelo Teu Corpo
E sentindo estes
sentimentos meus
Procuro por Ti
Mesmo depois de te
encontrar
Mesmo te beijando
eu sinto saudades
Desesperadamente
Te amo
Mesmo quando estás
segura em meus braços
É assim que eu te
amo
Mesmo quando não
começa
Mesmo quando não
acaba
Te amando... estou
Te amando
Agora!
…
não irá parar
cada agora
mãos se abraçando
Crianças nascem
De nosso Abraço
E de nossa Dança
Eu Amei Você
Você foi a única
pessoa que julguei ser capaz de amar
Você já foi
A pessoa mais
importante da minha vida
E sei que amei
E que isso me ensina
a amar agora
Quem tenho aqui
perto de mim
E sei que aquela
vida
Faz parte também
Da arte de aprender
a amar o amor
É amor se fazer
presente
Porque Amor é para
Vida
Amor a Vida
É Amar
Seja quem for
Se foi dor
Que seja algo
diferente agora
Se foi alegria
Que haja nova festa
E que seja
De seria é feita as
escritas e as estrelas
Se elas fossem
Não ficariam presas
as páginas
Correriam para vida
Podemos ser como
elas
Corramos
Porque a vida é
curta
Ou não
Vivamos
Porque se for longa
Estamos perdendo
tempo por não estarmos nos planejando enqüanto acontecemos
Se for curta estamos
perdendo tempo – não acontecendo o que planejamos
¡Ah! Que nada!
¡Estamos só ganhando! ¡Só ganhando| ¡Resta apenas vencer|
- ¡Vençamos|
II
Não tenho intenção
Não tenho intenção
De converter culpa
em emoção
Não sei quanto a você
Não sei quanto a você
Mas eu me perdoei
Do que fiz e não foi suficiente
do que não quis ou não fui capaz de te oferecer
Do que fiz e não foi suficiente
do que não quis ou não fui capaz de te oferecer
Não sei quanto a
você, mas eu me perdoei
De todo Bem-e-Mal que eu ofereci
Porque eu aceitei
De todo Bem-e-Mal que eu ofereci
Porque eu aceitei
Todo Bem-e-Mal que
recebi
Eu me perdoei
Eu te amei
E eu te perdôo
Não como acusação
Mas como reafirmação
da Liberdade tua e minha em mim
III
Sim
Aquela Pessoa fui eu
Aquela Pessoa te
esperaria para sempre
Aquela Pessoa queria
apenas você
Mas aquela Pessoa
morreu: Não sou eu!
Esta pessoa seria
eu
Porque se parece comigo
Porque se parece comigo
Esta pessoa não
serei eu
Porque nem ela e nem
o que sonhava estão aqui
Mas eu sim
Eu estou aqui e o
sonho também
Estou a caminho
Estou no caminho
Sem obrigação de
estar sozinho
Na solidão de só
querer estar acompanhado de quem não é companhia
Estava lá:
esperando
esperando
desejando
acreditando
Mas aqui estamos tu
e eu:
Esperando
Desejando
Buscando
O mesmo Amor
Que se manifesta
agora
nesta porta aberta
Nesta festa
A chave de outrora
Te abre o Paraíso
que pede que seja nesta hora
O Amor que quer te
beijar sem demora
O Amor não deixará
de fluir
Heráclito e
Lavoisier estão a brincar no Rio
Como grandes amigos
e crianças que são
E estão de braços abertos para banhar Amantes
E estão de braços abertos para banhar Amantes
Que não mais
tiverem medo de ser e de se deixar transportar
no Rio de todas as
Transformações
Que nos leva ao Mar
do Amor
Onde todos amam
IV
Eu penso em amar
Montando amores e
desamores que me remontam a me remontar
E quando eu penso em
amor
Diante da estrela no
céu a cintilar
Eu amo
Eu amo
A estrada aberta que
se tornou meu coração.
Deixe-me morrer de Você
Deixe-me morrer de
você
Em minha mente
alucinante
Acompanhando e
contando os instantes
De um beija-flor a
bater asas tão rápido
Quando eu estando
parado flutuando
Sem nunca partir –
sem nunca chegar a Ti
Assim neste não-vôo
Deixe-me morrer de
você
Deixe-me morrer de
você
Solidão Sólida no
Deserto
Os ventos e o Sol
Nada poderá me
escaldar
Eu olharei para o
céu e verei meu céu favorito
Nestas Areias verei
tua praia
Então me crerei tão
perto de Ti
Sabendo que virás -
E o céu tão Azul
Fará cair sobre mim
a Chuva
Que há de anunciar
a tua chegada
Assim nesta Fé imaginada
Aprendo que um
deserto é tão parecido com uma praia
E que para sermos
opostos não precisamos ser tão diferentes
Basta nós que somos
tão semelhantes atrapalharmos o caminho um do outro
Ate que um ceda e o
outro aceite
E os dois sigam em
frente
Assim, seguindo em
frente sem nada seguir
Deixe-me morrer de
você
Os cavalos selvagens
seguem sua rota
Eu acompanharei eles
e correrei também
Quando enfim
chegarem no oásis
Eu olharei para cima
e vou pensar quasares
Nas distâncias do
universo aproximar
O tão perto de você
que estarei
Quando enfim chegar
no ponto do Mapa do Nunca Mais
Onde guardaste para
mim o tesouro
Nesta guia para o
Nada
Infinita estrada
Estarei morrendo de
você
Deixe-me morrer de
você
Em cada segundo
Em cada prece
Não tente aumentar
minha vida
Com vinganças ou
malditos cantares
É agora
É nossa hora
Digo ainda
E ouso tudo
É hora de deixar-me
morrer de você
Não estou em você
para clamar viver
não force a
Natureza lutar comigo
Quebrei o espelho
E fim de ilusão
Que rima para a
beleza de meu coração
Que irá morrer você
- pleno
Deixe-me morrer de
você
E desta vez não me
interrompa
A diversão acaba
aqui minha Amada
Saiba que és amada
para sempre neste entretenimento
Eternidade neste
deixar-me ir
De encontro ao Vento
A limpar o último
mim de Ti
Deixe para a
Natureza corrigir o erro
Deixe-me Errante
Amante
Ao Seio Perpétuo
do Perfeito
Julgamento de Meu Ser
Em Primavera de
Desvanecer
Morrer de você
Já posso sentir…
II
Deixe me morrer
Na Esquina
Menina
Estou eu a morrer
É uma imagem para
se dissolver
No oceano de
contemplação
Disto
Distoa
A Distorção
Lagoa enfim
Lagoa enfim
Filha de um Mar
Distante
A Lágrima Infinita
Da Saudade (…)...
Eu quero abraçar as
Tuas Pernas
E santificar-me imóvel diante delas
E santificar-me imóvel diante delas
Eu quero tocar Teu Ventre
E sentir em minhas
mãos o Oceano
Com A Harpa de Teu
Silêncio
Tocando a Música de
Teu Sem Fim
Eu quero morrer
assim
No Amor que pode-se
beijar
Sem que haja toque
Apenas provoque
A Sinfonia de
Desejos
Que de tão irreais
Batem na porta da
realidade
Realizando-se em ser
as percussões
E o compasso
Onde Amantes dançam
todos em pares
Com cada
manifestação da Solidão
A Imagem e
Semelhança de Seus Amores
Adeus
Deixe morrer
Eu que acreditava em
coisas que ainda não consigo escrever
Quando tocava e
beijava Teus Ombros
Deixe morrer
Eu no momento que
mais te amei
Eu que não fui
capaz de te amar quando mais precisavas
Deixe morrer
Eu que via você
dançar diante de minha maior dor
e celebrar enquanto
calado eu sofria
Eu que não te vi
suportando a minha dor como a tua própria
Ao ponto de ser Tu
quem de nós mais sofria
Deixe morrer
Eu diante do meu
amor e não-amor
Nunca em sincronia
com teu amor e não-amor
Apenas um adeus foi
a nossa maior Harmonia
Deixe-me morrer
Deixe-me morrer de
você
Eu estarei morrendo
de você
Seja pela última
vez hoje
Seja para sempre e
um dia
Eu morro de você
agora
Duas Liberdades
Plenas
É a última coisa
que vejo...
Flor
- Você é a minha
desgraça
Canto Primeiro
Dama do Amor
Flor da Minha Solidão
A quem não encontro
Ascensão Absoluta
Minha Face em Tua Ausência
Tua Face para Beleza de meu alheamento
Absorto estou em conjecturas
Puramente minhas - Que chamo de juras tuas.
Rosa Voraz
O Jardim em sacrifício a Ti
E de mim - Nada resta
Tudo é tua primavera!
II
Toda vez que eu percebo que eu te amo
Eu tenho vontade de morrer.
Eu até acredito em Deus para pedir misericórdia.
Flor-Adaga feita para o meu peito
Perfeita!
Minha Anti-Alma
Tu és a minha morte até a morte
Ai de mim!
Tu és a eternamente a grande amiga que me avisaria: Melhor que tu não tivesses nascido
Sem fim!
até o sem fim
Anti mim antes de mim
Vais dizendo as palavras
Enquanto me enterras na cova rasa
No Jardim em que te esperava
Tendo escrito isto
Seja isto a última coisa
Que se ouvirá de mim
Eu amo
A minha doce dor de morte
E nesta doce dor de morte
Eu viverei por toda a Eternidade.
III
Flor doença
A crescer da minha mente
Cujas raízes a crescer são meus espinhos
Sua inexistência dói em meu sangue
E de minhas palavras saem os melhores vinhos a serem celebrados em homenagem aos amores vãos
E aos anos em vão
Com a melhor face da eternidade
Convido tu Dama e Flor de Morte
A dizer de amor
A encher meu pranto e leito de morte com risos
Enquanto digo: - eu acredito!
IV
Você é o lado mais cruel da minha Fortuna
Você é este buraco na minha alma
As feridas na face da lua
A minha dessolução e a minha dor
Você é plena
Como o vazio do Universo
Em mim você é a Criadora
De todo o meu vazio
De mais e mais vazio
Vazio por tua Luz
Me ilumina e me persegue
Sou todo vazio deste amor
E mais e mais palavras sangram de mim
Não consigo me defender
A desintegração de tudo o que conheço até desaguar no que eu sinto
É minha melhor defesa
Em que abro os braços
Para a Flor-Adaga
Que sempre plantas em mim
Quando surge a oportunidade
Consciência minha
Da Divindade Tua
IV
My Cherry Wine Baby
Ma Fleur du Mal
Minha Sentença de Morte
Meu Juízo Final
V
Flor da Tormenta
Flor do Tormento
Flor do Adormecimento
A Luz do Sofrimento Lento
E Eterno
A qual me sentenciastes
Justamente
Flor das Artes de Minha Auto-Destruição
Face mais bela da raiva que tenho de mim
Beleza do ódio que minha alma toma
Até que te tornes a minha Ceifeira
Tu és de todas A Primeira
A Dor indica que por aqui tu ficas
Fica tudo assim
Com a morte de minha paz
Descanso sem contratacar
Não tenho vida porque lutar
Não tenho argumentos depois da prisão
Nem crença no lar após o exílio
Tudo o mais eu acredito
No que deforma e me comprime o coração também creio
Creio que um dia poderei jogar estes escritos numa lareira
Quando deste lugar nem os guardas nem a vila tiverem mais interesse
Fugirei para cumprir verdadeiramente a pena
Um sonho de solidão realizarei
Aquele que um dia te contei
Então serei plena natureza
Da minha dor
VI
Flor da escuridão
Flor da minha morte
Apague as lembranças
Preserve os túmulos
Não há nada dito
Enquanto eu escuto tudo
Seria uma saída do pesadelo
Em um sorriso
Seria o inferno suportável
No paraíso possível
Seria mar de graças
Rimas fáceis em poesias calculadas
Seria ardis e estratagemas
Teologia dos furtus das almas
Mas é a Flor Mistério
No meu esclarecimento final
Nada de amor aqui
Eis a verdade que me destes
Blasfemei contra a liberdade prometida
Para ficar na terra que não me destes
Desde lá e desde então
Vou cuidando dos seres nômades
E abrigando comigo quem não quer abrigo
Vou chamando inimigos de amigos
Até ter provas suficientes
Quando enfim eu puder ser
O Anjo que auxiliará Deus
Quando haver livros para serem lidos e escritos
No Juízo Final
Juízo de Meio, Fim e Precipício
Estão nos seus lábios
E estão em todos os lados de seus dados que lanças por brincadeira e por querer
Diante da severidade de suas tranças
E na verdade de teu Sorriso-Criança
Eu vou a ti
Vôo a ti
E crio asas
No Abismo
VII
Flor de Morte
Flor da Doçura
Flor da Solidão
Definitiva
Flor do Deserto
Flor da Desolação
Flor Escura de Luz
Que põe fim ao meu Jardim
Para então só nascer neste
A Tua Ausência
Jardim da Inexistência
Onde tudo não se vê
Apenas tudo que é você
Flor Cruz
Flor Luz
Flor Suplício
Flor Martírio
Indo de encontro ao seu caminho
Vou vendo tuas flores
E elas se apresentam a mim por nome
E de ti dizem que estás no mundo, no tempo e no espaço
Flor Divina
Flor Alucina-me
Flor do Não
Flor da Taberna onde renasci
Flor do Exílio onde me criei
Flor Lar onde não habitei
Pegue este andarilho
Lance no precipício
Para que cante abismos
Em teu nome
Numa gira de poesia
Junte as gentes frias
Dêem festa
Construa uma ponte
e chame ela pelo meu nome
E no monte daquele horizonte
O sol se imporá
Sabeis
Com toda sorte de esquecimentos
As pessoas atravessam
Transeuntes
É mais um dia
É distração
Sono dos que se movem
VIII
Flor da minha hora
Flor da minha obra
Flor da obra do tempo contra o tempo
Flor do Eterno Não Retorno
Aqui está a Pétala de tua definitiva mensagem
Tão definitiva que não posso dizer se é a última ou a primeira
Tu não retornarás
A Pétala me diz
E repito cantando
A minha canção ela canta
- Ela não retornará
Então eu danço
Com as pétalas azuis que o outono antigo espalhou
E todas elas cantam e dançam
Ela não retornará
É agora a Sinfonia de todos
O Povo canta
A guerra acaba e a paz também
Eu já não preciso pensar e nem lembrar do que tua pétala disse
A pétala entra em mim
A pétala sou eu
E toda vez que alguém cantar
Serei canção sem saber total ser no total nada
IX
Eu amo
A Flor da Minha Desgraça
Que me arruinará em eras
Ainda que eu me acabe em pouco tempo
Sou a vela acendida no quarto abandonado
Para que a cera que por lá ficar
Indique por tempos e tempos o que está enterrado
Não julguem que eu abandonei o Lar
Esta inocência eu tenho
Todas as acusações aceito
Sou aquele que foi para Lar que não me recebeu
O qual sempre volto para este Lar
Com as portas eternamente fechadas
Eternidade que bate forte na minha cara
E sempre outra vez tenho que retornar
Para ter a ilusão que nunca está fechado quando sou enviado para longe. Que tenho que voltar para ver ao menos a porta se fechar. Para que não seja uma porta fechada por natureza
Este é meu não lar no universo. Ao qual sempre retornarei
Em qualquer miragem onde escuto: Volte Meu Amado
Volto e tenho de novo
Livre passe para o deserto
Onde outra miragem revigorante me é prometida
E mais uma vez uma nova partida
E mais outra vez a mesma partida
Sim, digo apenas de mim
Oh tu que não me escutas
X
Flor da minha agonia
Flor impronunciável quando a estação é amor
Flor de dito fácil no dia de minha morte
Flor da Poesia Sublime
Flor do Fim Sublime e de toda destruição Sublime
Flor de Kali repousada em meus ombros
Que é então este mistério?
Se existe o amor verdadeiro entre nós
Seria um adultério
E a verdade do desejo seria uma castidade
Ainda mais santa com a nossa distância
Que mistério é este
Flores você me traz em meu fim
Azul para minha alma e o beijo mais doce
Enquanto vivo tu eres quasares
Tu estás próxima de mim
Como o Astrológico está do Astronômico
E como o que não se pode numerar está da natureza
Queria estar próximo de ti como o inefável está da poesia
E como o silêncio que está ao lado da natureza
Mas estou perto como palavras estão da Beleza e tão perto como a Música está de uma fotografia que diz de quem não está
Assim é minha lembrança: A imagem do que não será.
Espero uma palavra de amor de ti
Como um beato que espera que aconteça de novo a era dos milagres
Quando os milagreiros andavam na terra pela boca dos boatos.
Estou perto de você como a crença está da realização. E a lei está da justiça. A convenção que me prende a ti nunca foi realizada. Ritualizada foi em delícias solitárias onde um dia vi você. Estou cada vez mais perto de você inalcançável. Geometria mágica, cálculos impensáveis rodeiam minha mente incalçável em teu indecifrável - laço vermelho - que um dia deixou-se contemplar - mas que não autorizou estes sonhos-que-me convenceram a me afogar
Em algo além de mim. Flor Anti-Narciso
Flor antes e depois de mim
Flor Além de Mim em Mim
Flor do meu Fim
Flor do meu Fim
Só me resta cantar
Flor de Requiem
Flor da Reivindicação
Flor da Tempestade
Nem tão ao Sol
Nem tão ao Mar
Nem tão as tuas mãos
Nem tão ao teu olhar
Não ouvi de ti e não me preveni
Voei mesmo assim
Ouvi de ti
E nem quis me prevenir
Voei mesmo assim
Vôo até o fim
Até o fim voa em tua direção
Que pensas?
Seria alguém como eu a dizer não?
Acaso tenho alguma opção diante deste amor que escolhi destino?
Que mais esperava deste diabo?
Que não aspirasse ascensão ao Paraíso Beatrice em teus braços?
Que esperava deste Anjo? Que entre obedecer a Deus e entender a liberdade disto... Desobedeci a Deus, a ti e liberdade? Para te adorar a contragosto de todos?
Que esperavas de um ser como eu? Esperavas? E esperando tinha o contra ataque e outras palavras de negação?
E eis tudo o que precisava
Ser renegado com iminência
Minha profissão por excelência
Flor-Inferno
Flor-Paradiso
Flor que acaba em mim
O lado de lá do intransponível
Contemplo esta fronteira
Como quem quer ser esclarecido
Com uma dádiva de conhecimento
Que pede em troca a alteração irrevogável dos caminhos da vida
Não sou indiferente
Imóvel em contemplação de ti
Sempre estou mudando
Me movendo em direção de ti
Não estou e não sou
No movimento que me arrasta
Me carrega gentilmente
E vou parar
Como uma idéia que foi possível na sua mente
que à natureza sua
Não voltará
Prosseguirá em frente
Onde os caminhos
São você
E o que eu fui e já não sou
Tu és tudo
E assim eu sou
XI
Flor da minha dor
Flor da minha maldição
Flor sentença da minha eterna condenação
Flor de minha morte lenta para toda a eternidade
Flor que me faz ver a escuridão
E ilumina o meu não ver
Flor do meu desespero
Flor do meu não crer
Quando penso em ti
Eu amo
Quando penso em mim
Ganho força para a tragédia certa
Quando penso em nós
Eu duvido
Tudo o mais eu acredito
Você nunca voltará para mim
Eu tenho duas mortes contigo que me são o bastante. Nunca mais poderei voltar para você.
Flor de Nunca Mais
Flor do não retorno
O caminho do meu amor por ti é infinito e sempre expande fora de sua direção. O universo é imenso para o afastamento de nós dois.
Flor do universo
Flor do amor
Flor sem fim
Guardiã da beleza
Queira lembrar de mim
Para que eu seja apenas esquecido outra vez
Numa última vez
No seu paraíso de maçãs, rosas e céu de fogo.
Com um vestido novo
Constante verdade
Visto da mesma forma tanto no mundo quanto em minha alucinação
XII
Tu és
As Flores que nascem em minhas Ruínas
A Flor da Minha Destruição
O Prazer em me deixar queimar
O dever de perder sem lamentar
De cumprir a tragédia sem arrependimento e sem ensinamento
Meu ensimesmamento em me entregar totalmente
Meu alheamento
O Templo da minha Alucinação. Lúcido e entorpecido diante de ti Musa Nua que se veste de mim e me sepulta. Tu és a Mais Bela Face da Morte. Tenho comigo sempre tuas mãos nas minhas. Tuas mãos sobre meu peito. Tuas mãos que me fecham os olhos e me dá luz do fim. Eu digo as minhas palavras e você não escuta. Então percebo que eu estou mudo. Você que a muito sabia que eu estava morto e respeitou minha inocência. É o fim. É o naufrágio. Diga que um dia irá me visitar. Com esta mentira Minha morte será o canto de ti, minha Sereia. Musa implacável. Amar a ti é imperdoável. Nasça de mim os escritos que irão a superfície onde serão colhidos e salvos por Ti.
XIII
Flor da minha alma
Flor do meu desespero na calma
Flor da minha desilusão final
A Ilusão é real
Padeço o mal que existe
E que não pode ser reconhecido existente
Porque em tua diplomacia
Fui o intragável estrangeiro
Meus mapas não convencem
E o que eu sinto só convenci a mim
Mensageiro não mandastes embora
Me abrigastes no derredor
Onde é pior
Estou o mais perto do nunca te ver
Estou quase íntimo da distância que não se pode percorrer
Estou mais próximo de morrer em teus braços
Como deve ser o que nunca será
Que assim seja
Ao menos daí Rainha de Meu Outono sem nunca vir a minha estação enviou me a distância um beijo
Será o beijo de morte.
As flores que ela não recebeu de mim estão guardadas para minha hora final que ela me dá agora.
XIV
Minha dor
Flor da minha escuridão
Minha tortura
Minha loucura
Minha ilusão
No meu Jardim de Luz és uma Flor Escura
És a Luz que não consigo olhar.
Caminhos no nada me lanças
E para além de lá amor por ti vou buscar
Este amor é nada. É menos que nada. Matemática incalculável, mistério imperscrutável, abismo certo da alma. Lugar onde desaparece e se retiram as flores do universo para nunca mais serem. Numa transformação que só se mostra como destruição. Para ti uma Dança. Apenas Tu Dançarina permanece e vê acréscimos ao teu jardim. E aos décimos desço no mundo abaixo dos números. E se tu não me calculas não me vês. E se não me vês me liberto: Jardineira a plantar mais uma flor na Partida.
XV
Você é a minha desgraça
A minha miséria
A minha morte
Minha lua e meu amor
Minha Dor
Meu Sofrimento
Meu Amor
Consagro minhas lágrimas a ti
Por louvar a Beleza
O louvor ao Amor
Fica para tua decisão.
Flor da minha Luz
Flor da minha solidão
O meu exílio tem a bandeira de teu nome
As cartas são todas a ti para não serem lidas.
O que nelas vai escrito pertencem tanto a Ti Escarlata e a Envão. Irmãs Perfeitas em meu Único amor.
Busquei dos antigos versos porque não digo nada de novo. É o Amor que não será e que se canta. Digo algo novo, porque é tua Beleza em minha Canção. Novo fôlego me dá, minha vida se esvai por tuas mãos. E logo me traz a vida, se esvai de mim e vai a ti a adoração. Perco para sempre para ganhar este cantar eternamente. Perco de vista e resisto saber de ti, sabendo que cairei em tentação. E quando caio, me levanto tomando tuas mãos que se foram. Tu segues, em frente, sempre em frente. Eu posso seguir-te esquecendo teus passos nesta trilha, tomando minha emoção e cantando novamente no caminho de um vento qualquer, em minha mente teu ventre mulher, para sempre amor Desde sempre até agora. E mesmo agora, ainda para sempre. Tudo terminará com tuas mãos repousadas em meu fim. Melhor assim. É o meu melhor aceito por ti. Amor sem amor, mar pleno, beleza eterna, verdade do tempo. Tudo isto para ser lembrado num relance: sou eu, o poeta nauta, velejando em teu mar. Naufrágio: Amor para se libertar quando tudo é esquecer...
Kali - Oração e Devoção
Para cada vez que a ilusão maldita entra na minha cabeça
Minhas consciência violenta a minha mente
Num esforço de me ater a realidade
Para que eu não te procure e eu tenha que ser açoitado por você
O açoite que poderia ter dado em mim
É a Deusa Primitiva
Para minha Alma Primitiva
Eu que rondo a civilização de seus feitos
E sobrevivo na selvageria o culto que se faz com teu nome
Mulher cujas tranças ainda dançam sobre mim
Eu me elegi teu sacrifício
Alguém tem que sangrar pela inocência da Criança
Que dança e dança
Pés mágicos a jogar a terra
Em cada exaltação que mostra tua perna em direção
A cavar e cavar
O meu túmulo
Já fui (...)
- Joguem lá o imundo
O apartado
Lúcido quando foi embora antes de ter a saída decretada
Louco quando voltou sem ser convidado
Enterrem, enterrem o imundo
Que a terra aparte-o de ainda mais de mim
Louco da insânia
De me querer
Uma vez foi útil e nunca mais
No nunca mais deve permanecer
E morrer lentamente
Lentamente perder a mente
Para a decomposição que me apraz e me acalma
Vai! Vai longe
Ser vagabundo no espaço
O que foste vagabundo na terra
Vá! Vá! Pequena estrela
Certamente uma centelha que se apagará em menos de um ano luz
Nem no imenso do céu durarás muito tempo
O pouco que serviste para durar em meu serviço
Agora é o fim
Da minha dança aqui
Eis minha trança
Com
Um adereço
Que esqueço
Diante da Beleza de meu Colar de Morte
Sou de Shiva a Consorte
Sou Shiva e mais que isto
Sou Kali
A Deusa da Certeza
A Deusa da Pureza
E da perdição
Cesse a Ilusão
Ilumine-se a própria escuridão
Caia o devoto
No abismo devido
Por amor a religião
Eu sou Kali a Deusa
A Flor de Lótus
Danço sobre as mortes
De deuses e de homens
- Que assim seja!
A Hipocrisia e a Inocência
Minta para mim
E eu acreditarei
Até que você se engane
Então a verdade nos libertará
Caminhos separados
Seres diferenciados
Confusão Completa e Esperteza (...)
Cada um para o seu lado
Sem direção
A regência foi morta
"Onde está a Música?"
Perguntaremos longe um do outro
Canção do Cadáver Honesto para a Assassina Inocente
I
Eu estou morto
Eu sou morto
Eu tenho o direito de ser e estar
Você não pode fazer de idiota um idiota que não quer nada.
É uma simples verdade a qual me atenho. Acredite!
Tudo o mais sábio e eloquente que digo são as minhas mentiras. Acredite!
Não é porque você é Inocente
Que você não seja a minha Assassina
Mas ninguém precisa saber o que tu és e o que eu sou
Será nosso segredo e nosso pacto
Você não pode ressuscitar um morto que quer ficar morto
E eu não posso te acusar de nada
Estamos todos bem
E você poderá continuar a brincar
Então Criança
Pode brincar com meu Cadáver enquanto não feder
Mas não esqueça de me enterrar
Não julguem os fantasmas que assombram como ruins
Todas as pessoas cobram o que sentem que lhes é devido
Deves apenas me enterrar
Senão educadamente irei te lembrar
Não chame isto de assombrar
Criança, Criança
Brincaste o bastante
Senão perceberes nunca crerás que o momento é suficiente.
Agora deixe-me descansar
Deixe-me ser lembrança
Assim não terás que lembrar de mim
II - Canção Final
"A Tua Flor Azul brilha viva
Em Cima de minha Tumba
Para sempre - Para sempre mais
Minha Eterna Musa"
O Naufrágio do Poeta Nauta
Eu te amaria
Eu estaria do seu lado todos os dias
Mas eu morri
Eu não posso
Eu sinto muito
Eu sentiria muito também
Por tudo que deixei de ouvir de ti
De tudo o que sentiste
Não importa o tamanho da parte de mim neste tudo
Mas eu estou morto
Quando eu ouvisse tuas palavras
eu te compreenderia
Eu poderia ver perfeitamente a guerra que teríamos feito
Nosoutros contra Osoutros
Mas eu morri naquela que travamos eu contra mim
Eu te amava tanto
que poderia amar por todos os anos
que durasse a minha vida
Mas foi um engano a minha vida
E minha morte liberou a mim tanto quanto a você
"Deus mate-me e Deus mate-o por favor"
Um lado da mesma oração nas duas faces de nossa comunhão
Eu deixei a ti
E tu deixas-ti em mim
Eu sempre escrevo como um testamento
São versos que precedem a morte
Meu amor como (...) é generoso
e Eu sou generoso como os mortos que aceitaram ir embora
E tu o sabias
Sim tu o sabias
Que quem ama como um louco
Mais que fora de si e fora da mente
Está mesmo fora do mundo e morto
Morto
Morto Mundo Morte
Profunda Sorte Faz-se Luz
eu te amo
e tu és a única (...)
Tudo e nada de mim te pertencem
Seja para possuíres ou renegar
Não importa
Sou imperador de minha própria alma
e andarilho deste mundo
Posso querer tudo e receber todos os convites de ir embora
Sem contradição
Sem humildade e arrogância
estou morto
Meu pedido
Dama Flor de Meu Exílio
é que guarde os versos no abismo
e nunca deixem que se queimem
queime sim o Poeta
e enterre-o no Ar
Canto Primeiro
Dama do Amor
Flor da Minha Solidão
A quem não encontro
Ascensão Absoluta
Minha Face em Tua Ausência
Tua Face para Beleza de meu alheamento
Absorto estou em conjecturas
Puramente minhas - Que chamo de juras tuas.
Rosa Voraz
O Jardim em sacrifício a Ti
E de mim - Nada resta
Tudo é tua primavera!
II
Toda vez que eu percebo que eu te amo
Eu tenho vontade de morrer.
Eu até acredito em Deus para pedir misericórdia.
Flor-Adaga feita para o meu peito
Perfeita!
Minha Anti-Alma
Tu és a minha morte até a morte
Ai de mim!
Tu és a eternamente a grande amiga que me avisaria: Melhor que tu não tivesses nascido
Sem fim!
até o sem fim
Anti mim antes de mim
Vais dizendo as palavras
Enquanto me enterras na cova rasa
No Jardim em que te esperava
Tendo escrito isto
Seja isto a última coisa
Que se ouvirá de mim
Eu amo
A minha doce dor de morte
E nesta doce dor de morte
Eu viverei por toda a Eternidade.
III
Flor doença
A crescer da minha mente
Cujas raízes a crescer são meus espinhos
Sua inexistência dói em meu sangue
E de minhas palavras saem os melhores vinhos a serem celebrados em homenagem aos amores vãos
E aos anos em vão
Com a melhor face da eternidade
Convido tu Dama e Flor de Morte
A dizer de amor
A encher meu pranto e leito de morte com risos
Enquanto digo: - eu acredito!
IV
Você é o lado mais cruel da minha Fortuna
Você é este buraco na minha alma
As feridas na face da lua
A minha dessolução e a minha dor
Você é plena
Como o vazio do Universo
Em mim você é a Criadora
De todo o meu vazio
De mais e mais vazio
Vazio por tua Luz
Me ilumina e me persegue
Sou todo vazio deste amor
E mais e mais palavras sangram de mim
Não consigo me defender
A desintegração de tudo o que conheço até desaguar no que eu sinto
É minha melhor defesa
Em que abro os braços
Para a Flor-Adaga
Que sempre plantas em mim
Quando surge a oportunidade
Consciência minha
Da Divindade Tua
IV
My Cherry Wine Baby
Ma Fleur du Mal
Minha Sentença de Morte
Meu Juízo Final
V
Flor da Tormenta
Flor do Tormento
Flor do Adormecimento
A Luz do Sofrimento Lento
E Eterno
A qual me sentenciastes
Justamente
Flor das Artes de Minha Auto-Destruição
Face mais bela da raiva que tenho de mim
Beleza do ódio que minha alma toma
Até que te tornes a minha Ceifeira
Tu és de todas A Primeira
A Dor indica que por aqui tu ficas
Fica tudo assim
Com a morte de minha paz
Descanso sem contratacar
Não tenho vida porque lutar
Não tenho argumentos depois da prisão
Nem crença no lar após o exílio
Tudo o mais eu acredito
No que deforma e me comprime o coração também creio
Creio que um dia poderei jogar estes escritos numa lareira
Quando deste lugar nem os guardas nem a vila tiverem mais interesse
Fugirei para cumprir verdadeiramente a pena
Um sonho de solidão realizarei
Aquele que um dia te contei
Então serei plena natureza
Da minha dor
VI
Flor da escuridão
Flor da minha morte
Apague as lembranças
Preserve os túmulos
Não há nada dito
Enquanto eu escuto tudo
Seria uma saída do pesadelo
Em um sorriso
Seria o inferno suportável
No paraíso possível
Seria mar de graças
Rimas fáceis em poesias calculadas
Seria ardis e estratagemas
Teologia dos furtus das almas
Mas é a Flor Mistério
No meu esclarecimento final
Nada de amor aqui
Eis a verdade que me destes
Blasfemei contra a liberdade prometida
Para ficar na terra que não me destes
Desde lá e desde então
Vou cuidando dos seres nômades
E abrigando comigo quem não quer abrigo
Vou chamando inimigos de amigos
Até ter provas suficientes
Quando enfim eu puder ser
O Anjo que auxiliará Deus
Quando haver livros para serem lidos e escritos
No Juízo Final
Juízo de Meio, Fim e Precipício
Estão nos seus lábios
E estão em todos os lados de seus dados que lanças por brincadeira e por querer
Diante da severidade de suas tranças
E na verdade de teu Sorriso-Criança
Eu vou a ti
Vôo a ti
E crio asas
No Abismo
VII
Flor de Morte
Flor da Doçura
Flor da Solidão
Definitiva
Flor do Deserto
Flor da Desolação
Flor Escura de Luz
Que põe fim ao meu Jardim
Para então só nascer neste
A Tua Ausência
Jardim da Inexistência
Onde tudo não se vê
Apenas tudo que é você
Flor Cruz
Flor Luz
Flor Suplício
Flor Martírio
Indo de encontro ao seu caminho
Vou vendo tuas flores
E elas se apresentam a mim por nome
E de ti dizem que estás no mundo, no tempo e no espaço
Flor Divina
Flor Alucina-me
Flor do Não
Flor da Taberna onde renasci
Flor do Exílio onde me criei
Flor Lar onde não habitei
Pegue este andarilho
Lance no precipício
Para que cante abismos
Em teu nome
Numa gira de poesia
Junte as gentes frias
Dêem festa
Construa uma ponte
e chame ela pelo meu nome
E no monte daquele horizonte
O sol se imporá
Sabeis
Com toda sorte de esquecimentos
As pessoas atravessam
Transeuntes
É mais um dia
É distração
Sono dos que se movem
VIII
Flor da minha hora
Flor da minha obra
Flor da obra do tempo contra o tempo
Flor do Eterno Não Retorno
Aqui está a Pétala de tua definitiva mensagem
Tão definitiva que não posso dizer se é a última ou a primeira
Tu não retornarás
A Pétala me diz
E repito cantando
A minha canção ela canta
- Ela não retornará
Então eu danço
Com as pétalas azuis que o outono antigo espalhou
E todas elas cantam e dançam
Ela não retornará
É agora a Sinfonia de todos
O Povo canta
A guerra acaba e a paz também
Eu já não preciso pensar e nem lembrar do que tua pétala disse
A pétala entra em mim
A pétala sou eu
E toda vez que alguém cantar
Serei canção sem saber total ser no total nada
IX
Eu amo
A Flor da Minha Desgraça
Que me arruinará em eras
Ainda que eu me acabe em pouco tempo
Sou a vela acendida no quarto abandonado
Para que a cera que por lá ficar
Indique por tempos e tempos o que está enterrado
Não julguem que eu abandonei o Lar
Esta inocência eu tenho
Todas as acusações aceito
Sou aquele que foi para Lar que não me recebeu
O qual sempre volto para este Lar
Com as portas eternamente fechadas
Eternidade que bate forte na minha cara
E sempre outra vez tenho que retornar
Para ter a ilusão que nunca está fechado quando sou enviado para longe. Que tenho que voltar para ver ao menos a porta se fechar. Para que não seja uma porta fechada por natureza
Este é meu não lar no universo. Ao qual sempre retornarei
Em qualquer miragem onde escuto: Volte Meu Amado
Volto e tenho de novo
Livre passe para o deserto
Onde outra miragem revigorante me é prometida
E mais uma vez uma nova partida
E mais outra vez a mesma partida
Sim, digo apenas de mim
Oh tu que não me escutas
X
Flor da minha agonia
Flor impronunciável quando a estação é amor
Flor de dito fácil no dia de minha morte
Flor da Poesia Sublime
Flor do Fim Sublime e de toda destruição Sublime
Flor de Kali repousada em meus ombros
Que é então este mistério?
Se existe o amor verdadeiro entre nós
Seria um adultério
E a verdade do desejo seria uma castidade
Ainda mais santa com a nossa distância
Que mistério é este
Flores você me traz em meu fim
Azul para minha alma e o beijo mais doce
Enquanto vivo tu eres quasares
Tu estás próxima de mim
Como o Astrológico está do Astronômico
E como o que não se pode numerar está da natureza
Queria estar próximo de ti como o inefável está da poesia
E como o silêncio que está ao lado da natureza
Mas estou perto como palavras estão da Beleza e tão perto como a Música está de uma fotografia que diz de quem não está
Assim é minha lembrança: A imagem do que não será.
Espero uma palavra de amor de ti
Como um beato que espera que aconteça de novo a era dos milagres
Quando os milagreiros andavam na terra pela boca dos boatos.
Estou perto de você como a crença está da realização. E a lei está da justiça. A convenção que me prende a ti nunca foi realizada. Ritualizada foi em delícias solitárias onde um dia vi você. Estou cada vez mais perto de você inalcançável. Geometria mágica, cálculos impensáveis rodeiam minha mente incalçável em teu indecifrável - laço vermelho - que um dia deixou-se contemplar - mas que não autorizou estes sonhos-que-me convenceram a me afogar
Em algo além de mim. Flor Anti-Narciso
Flor antes e depois de mim
Flor Além de Mim em Mim
Flor do meu Fim
Flor do meu Fim
Só me resta cantar
Flor de Requiem
Flor da Reivindicação
Flor da Tempestade
Nem tão ao Sol
Nem tão ao Mar
Nem tão as tuas mãos
Nem tão ao teu olhar
Não ouvi de ti e não me preveni
Voei mesmo assim
Ouvi de ti
E nem quis me prevenir
Voei mesmo assim
Vôo até o fim
Até o fim voa em tua direção
Que pensas?
Seria alguém como eu a dizer não?
Acaso tenho alguma opção diante deste amor que escolhi destino?
Que mais esperava deste diabo?
Que não aspirasse ascensão ao Paraíso Beatrice em teus braços?
Que esperava deste Anjo? Que entre obedecer a Deus e entender a liberdade disto... Desobedeci a Deus, a ti e liberdade? Para te adorar a contragosto de todos?
Que esperavas de um ser como eu? Esperavas? E esperando tinha o contra ataque e outras palavras de negação?
E eis tudo o que precisava
Ser renegado com iminência
Minha profissão por excelência
Flor-Inferno
Flor-Paradiso
Flor que acaba em mim
O lado de lá do intransponível
Contemplo esta fronteira
Como quem quer ser esclarecido
Com uma dádiva de conhecimento
Que pede em troca a alteração irrevogável dos caminhos da vida
Não sou indiferente
Imóvel em contemplação de ti
Sempre estou mudando
Me movendo em direção de ti
Não estou e não sou
No movimento que me arrasta
Me carrega gentilmente
E vou parar
Como uma idéia que foi possível na sua mente
que à natureza sua
Não voltará
Prosseguirá em frente
Onde os caminhos
São você
E o que eu fui e já não sou
Tu és tudo
E assim eu sou
XI
Flor da minha dor
Flor da minha maldição
Flor sentença da minha eterna condenação
Flor de minha morte lenta para toda a eternidade
Flor que me faz ver a escuridão
E ilumina o meu não ver
Flor do meu desespero
Flor do meu não crer
Quando penso em ti
Eu amo
Quando penso em mim
Ganho força para a tragédia certa
Quando penso em nós
Eu duvido
Tudo o mais eu acredito
Você nunca voltará para mim
Eu tenho duas mortes contigo que me são o bastante. Nunca mais poderei voltar para você.
Flor de Nunca Mais
Flor do não retorno
O caminho do meu amor por ti é infinito e sempre expande fora de sua direção. O universo é imenso para o afastamento de nós dois.
Flor do universo
Flor do amor
Flor sem fim
Guardiã da beleza
Queira lembrar de mim
Para que eu seja apenas esquecido outra vez
Numa última vez
No seu paraíso de maçãs, rosas e céu de fogo.
Com um vestido novo
Constante verdade
Visto da mesma forma tanto no mundo quanto em minha alucinação
XII
Tu és
As Flores que nascem em minhas Ruínas
A Flor da Minha Destruição
O Prazer em me deixar queimar
O dever de perder sem lamentar
De cumprir a tragédia sem arrependimento e sem ensinamento
Meu ensimesmamento em me entregar totalmente
Meu alheamento
O Templo da minha Alucinação. Lúcido e entorpecido diante de ti Musa Nua que se veste de mim e me sepulta. Tu és a Mais Bela Face da Morte. Tenho comigo sempre tuas mãos nas minhas. Tuas mãos sobre meu peito. Tuas mãos que me fecham os olhos e me dá luz do fim. Eu digo as minhas palavras e você não escuta. Então percebo que eu estou mudo. Você que a muito sabia que eu estava morto e respeitou minha inocência. É o fim. É o naufrágio. Diga que um dia irá me visitar. Com esta mentira Minha morte será o canto de ti, minha Sereia. Musa implacável. Amar a ti é imperdoável. Nasça de mim os escritos que irão a superfície onde serão colhidos e salvos por Ti.
XIII
Flor da minha alma
Flor do meu desespero na calma
Flor da minha desilusão final
A Ilusão é real
Padeço o mal que existe
E que não pode ser reconhecido existente
Porque em tua diplomacia
Fui o intragável estrangeiro
Meus mapas não convencem
E o que eu sinto só convenci a mim
Mensageiro não mandastes embora
Me abrigastes no derredor
Onde é pior
Estou o mais perto do nunca te ver
Estou quase íntimo da distância que não se pode percorrer
Estou mais próximo de morrer em teus braços
Como deve ser o que nunca será
Que assim seja
Ao menos daí Rainha de Meu Outono sem nunca vir a minha estação enviou me a distância um beijo
Será o beijo de morte.
As flores que ela não recebeu de mim estão guardadas para minha hora final que ela me dá agora.
XIV
Minha dor
Flor da minha escuridão
Minha tortura
Minha loucura
Minha ilusão
No meu Jardim de Luz és uma Flor Escura
És a Luz que não consigo olhar.
Caminhos no nada me lanças
E para além de lá amor por ti vou buscar
Este amor é nada. É menos que nada. Matemática incalculável, mistério imperscrutável, abismo certo da alma. Lugar onde desaparece e se retiram as flores do universo para nunca mais serem. Numa transformação que só se mostra como destruição. Para ti uma Dança. Apenas Tu Dançarina permanece e vê acréscimos ao teu jardim. E aos décimos desço no mundo abaixo dos números. E se tu não me calculas não me vês. E se não me vês me liberto: Jardineira a plantar mais uma flor na Partida.
XV
Você é a minha desgraça
A minha miséria
A minha morte
Minha lua e meu amor
Minha Dor
Meu Sofrimento
Meu Amor
Consagro minhas lágrimas a ti
Por louvar a Beleza
O louvor ao Amor
Fica para tua decisão.
Flor da minha Luz
Flor da minha solidão
O meu exílio tem a bandeira de teu nome
As cartas são todas a ti para não serem lidas.
O que nelas vai escrito pertencem tanto a Ti Escarlata e a Envão. Irmãs Perfeitas em meu Único amor.
Busquei dos antigos versos porque não digo nada de novo. É o Amor que não será e que se canta. Digo algo novo, porque é tua Beleza em minha Canção. Novo fôlego me dá, minha vida se esvai por tuas mãos. E logo me traz a vida, se esvai de mim e vai a ti a adoração. Perco para sempre para ganhar este cantar eternamente. Perco de vista e resisto saber de ti, sabendo que cairei em tentação. E quando caio, me levanto tomando tuas mãos que se foram. Tu segues, em frente, sempre em frente. Eu posso seguir-te esquecendo teus passos nesta trilha, tomando minha emoção e cantando novamente no caminho de um vento qualquer, em minha mente teu ventre mulher, para sempre amor Desde sempre até agora. E mesmo agora, ainda para sempre. Tudo terminará com tuas mãos repousadas em meu fim. Melhor assim. É o meu melhor aceito por ti. Amor sem amor, mar pleno, beleza eterna, verdade do tempo. Tudo isto para ser lembrado num relance: sou eu, o poeta nauta, velejando em teu mar. Naufrágio: Amor para se libertar quando tudo é esquecer...
Kali - Oração e Devoção
Para cada vez que a ilusão maldita entra na minha cabeça
Minhas consciência violenta a minha mente
Num esforço de me ater a realidade
Para que eu não te procure e eu tenha que ser açoitado por você
O açoite que poderia ter dado em mim
É a Deusa Primitiva
Para minha Alma Primitiva
Eu que rondo a civilização de seus feitos
E sobrevivo na selvageria o culto que se faz com teu nome
Mulher cujas tranças ainda dançam sobre mim
Eu me elegi teu sacrifício
Alguém tem que sangrar pela inocência da Criança
Que dança e dança
Pés mágicos a jogar a terra
Em cada exaltação que mostra tua perna em direção
A cavar e cavar
O meu túmulo
Já fui (...)
- Joguem lá o imundo
O apartado
Lúcido quando foi embora antes de ter a saída decretada
Louco quando voltou sem ser convidado
Enterrem, enterrem o imundo
Que a terra aparte-o de ainda mais de mim
Louco da insânia
De me querer
Uma vez foi útil e nunca mais
No nunca mais deve permanecer
E morrer lentamente
Lentamente perder a mente
Para a decomposição que me apraz e me acalma
Vai! Vai longe
Ser vagabundo no espaço
O que foste vagabundo na terra
Vá! Vá! Pequena estrela
Certamente uma centelha que se apagará em menos de um ano luz
Nem no imenso do céu durarás muito tempo
O pouco que serviste para durar em meu serviço
Agora é o fim
Da minha dança aqui
Eis minha trança
Com
Um adereço
Que esqueço
Diante da Beleza de meu Colar de Morte
Sou de Shiva a Consorte
Sou Shiva e mais que isto
Sou Kali
A Deusa da Certeza
A Deusa da Pureza
E da perdição
Cesse a Ilusão
Ilumine-se a própria escuridão
Caia o devoto
No abismo devido
Por amor a religião
Eu sou Kali a Deusa
A Flor de Lótus
Danço sobre as mortes
De deuses e de homens
- Que assim seja!
A Hipocrisia e a Inocência
Minta para mim
E eu acreditarei
Até que você se engane
Então a verdade nos libertará
Caminhos separados
Seres diferenciados
Confusão Completa e Esperteza (...)
Cada um para o seu lado
Sem direção
A regência foi morta
"Onde está a Música?"
Perguntaremos longe um do outro
Canção do Cadáver Honesto para a Assassina Inocente
I
Eu estou morto
Eu sou morto
Eu tenho o direito de ser e estar
Você não pode fazer de idiota um idiota que não quer nada.
É uma simples verdade a qual me atenho. Acredite!
Tudo o mais sábio e eloquente que digo são as minhas mentiras. Acredite!
Não é porque você é Inocente
Que você não seja a minha Assassina
Mas ninguém precisa saber o que tu és e o que eu sou
Será nosso segredo e nosso pacto
Você não pode ressuscitar um morto que quer ficar morto
E eu não posso te acusar de nada
Estamos todos bem
E você poderá continuar a brincar
Então Criança
Pode brincar com meu Cadáver enquanto não feder
Mas não esqueça de me enterrar
Não julguem os fantasmas que assombram como ruins
Todas as pessoas cobram o que sentem que lhes é devido
Deves apenas me enterrar
Senão educadamente irei te lembrar
Não chame isto de assombrar
Criança, Criança
Brincaste o bastante
Senão perceberes nunca crerás que o momento é suficiente.
Agora deixe-me descansar
Deixe-me ser lembrança
Assim não terás que lembrar de mim
II - Canção Final
"A Tua Flor Azul brilha viva
Em Cima de minha Tumba
Para sempre - Para sempre mais
Minha Eterna Musa"
O Naufrágio do Poeta Nauta
Eu te amaria
Eu estaria do seu lado todos os dias
Mas eu morri
Eu não posso
Eu sinto muito
Eu sentiria muito também
Por tudo que deixei de ouvir de ti
De tudo o que sentiste
Não importa o tamanho da parte de mim neste tudo
Mas eu estou morto
Quando eu ouvisse tuas palavras
eu te compreenderia
Eu poderia ver perfeitamente a guerra que teríamos feito
Nosoutros contra Osoutros
Mas eu morri naquela que travamos eu contra mim
Eu te amava tanto
que poderia amar por todos os anos
que durasse a minha vida
Mas foi um engano a minha vida
E minha morte liberou a mim tanto quanto a você
"Deus mate-me e Deus mate-o por favor"
Um lado da mesma oração nas duas faces de nossa comunhão
Eu deixei a ti
E tu deixas-ti em mim
Eu sempre escrevo como um testamento
São versos que precedem a morte
Meu amor como (...) é generoso
e Eu sou generoso como os mortos que aceitaram ir embora
E tu o sabias
Sim tu o sabias
Que quem ama como um louco
Mais que fora de si e fora da mente
Está mesmo fora do mundo e morto
Morto
Morto Mundo Morte
Profunda Sorte Faz-se Luz
eu te amo
e tu és a única (...)
Tudo e nada de mim te pertencem
Seja para possuíres ou renegar
Não importa
Sou imperador de minha própria alma
e andarilho deste mundo
Posso querer tudo e receber todos os convites de ir embora
Sem contradição
Sem humildade e arrogância
estou morto
Meu pedido
Dama Flor de Meu Exílio
é que guarde os versos no abismo
e nunca deixem que se queimem
queime sim o Poeta
e enterre-o no Ar
La Mirada Solitaria
Oh Vazio!
Terra de Ninguém - Terra para todas as gentes
Oh Mirada Solitária!
...Está dizendo
Tudo o que pode se dizer de amor
Não é uma ilusão
Não é nem mesmo um sonho
Não é ideal
Mirada Solitária
direção ao horizonte
Que beija a Estrela
Faz ela Andar à Amada
Está em plena presciência do Amor que irá entregar
Assim é
Assim deve ser
E assim...
irá durar
A travessia do Olhar Solitário
de seus tempos distantes
Antes do segundo
Em que irá olhar em Ti
Não está distante
Está em disparada
Como se fosse possível fazer uma guerra contra o Universo
Que ainda...
Não é revelação o suficiente
Que possa trazer a Tua Face
É apenas o movimento suficiente
em direção a mais de Ti
Tuas constelações em tua Íris
Tu preferida de Ísis
Tu... de Iansã
Tu és grande demais minha pequena
Eu consigo guardar você em mim
Tu...
Tu és grande demais minha pequena
Eu vou em tua direção
Não conheço nenhuma outra rota
Eu irei te amar
E aquela Mirada Solitária
Se perderá
Em tudo o que posso ganhar com nossos olhares a se abraçar
Terra de Ninguém - Terra para todas as gentes
Oh Mirada Solitária!
...Está dizendo
Tudo o que pode se dizer de amor
Não é uma ilusão
Não é nem mesmo um sonho
Não é ideal
Mirada Solitária
direção ao horizonte
Que beija a Estrela
Faz ela Andar à Amada
Está em plena presciência do Amor que irá entregar
Assim é
Assim deve ser
E assim...
irá durar
A travessia do Olhar Solitário
de seus tempos distantes
Antes do segundo
Em que irá olhar em Ti
Não está distante
Está em disparada
Como se fosse possível fazer uma guerra contra o Universo
Que ainda...
Não é revelação o suficiente
Que possa trazer a Tua Face
É apenas o movimento suficiente
em direção a mais de Ti
Tuas constelações em tua Íris
Tu preferida de Ísis
Tu... de Iansã
Tu és grande demais minha pequena
Eu consigo guardar você em mim
Tu...
Tu és grande demais minha pequena
Eu vou em tua direção
Não conheço nenhuma outra rota
Eu irei te amar
E aquela Mirada Solitária
Se perderá
Em tudo o que posso ganhar com nossos olhares a se abraçar
Dor e Lucidez
Não é amor o que sinto
É dor
Ainda estou de ressaca de sobredoses de Musa
O Álcool próximo que me dá coragem
De ser publicamente tolo
Para que a causa maior da Poesia
Prossiga
"Jurei nunca mais ler coisa nenhuma de ti"
Quem nunca falhou em largar a cachaça?
Então com forças renovadas na desgraça
- Juro nunca mais ler coisa nenhuma de ti
E eu quero muito dizer para você
Que sei que vai ler
Este poema impessoal como todo escrito deve ser
Que eu me importo muito comigo
Ao ponto de querer que você encontre um fim para sua infelicidade
A qual me entristece
E você encontre a felicidade
Na Rua Me Esquece
Eu me importo e você se importa
Não neguemos o máximo amor recíproco
da Lucidez recíproca de não estarmos juntos
E da reciprocidade dos diferentes caminhos
Aliás...
Almas Gêmeas servem para isto
Uma Amizade para ser lembrada
Até que uma outra Alma Gêmea apareça
Colocando sobrevivência e felicidade
Na reciprocidade de duas cabeças
Neurologicamente capazes de amar e de serem amadas
Não é amor o que sinto
É lucidez
São meus pensamentos tomando formas
Emergindo das ruínas deixadas
As sinfônias enfim reconstruídas
Reconstruindo-me
O Tapete Mágico no qual me deito
E que sempre me levará de volta para o chão
E quando a dor diminui
A Lucidez cresce
Eu tenho sentimentos de felicidade
Além-amor e dentro do mundo
- Eu preciso de escrita, não de felicidade!
Digo para mim mesmo
E busco meu caminho
Tão certo de que existe um lugar para chegar
E equações até lá
Para harmonizar o sonho, o óbvio e eu
Vai ter poeminha? Vai ter poeminha
Tem uns empoeirados que vou desenterrar dos dias passados
Para quem quiser sentir amor sinta
E para mim lembrar do vacilo, se me permite licença para ser erudito
Então eu estarei cada vez mais lúcido e cada vez mais de coração aberto
Abraços abertos
Pelos próximos 80 ou 100 anos.
Não! Não aos teus pensamentos tolos!
Se queres que eu tenha sentimentos lindos e intensos
Que imprimam em mim aquele semblante apaixonado que adoras
Vai guardando o teu pouco dinheiro
E pague-me uma TV 85 polegadas que me dê amnésia e distrações felizes
Então sentirei o que você acha que sinto por você
Eu sinto algo
Entre a noção histórica e o senso de dever MAIS QUE CUMPRIDO
a pena cumprida por engano e a pena cumprida justamente
E agora tenho minha mente de volta
Se queres um tolo de volta
Volte um ano atrás ou mais
E certamente me terás
Tendo dito isto
Já que cabe a mim dizer a verdade
Porque você idolatra tanto a minha sinceridade
ao ponto de ser capaz de se ferir e distribuir sofrimentos por aí
Para que eu enfim diga algo que lhe afague a curiosidade
Eis aí a máxima precisão vocabular
O mantra para que seja recitado por você
Até o fim dos 12 dias:
Eu te amo
E não te quero mais
É dor
Ainda estou de ressaca de sobredoses de Musa
O Álcool próximo que me dá coragem
De ser publicamente tolo
Para que a causa maior da Poesia
Prossiga
"Jurei nunca mais ler coisa nenhuma de ti"
Quem nunca falhou em largar a cachaça?
Então com forças renovadas na desgraça
- Juro nunca mais ler coisa nenhuma de ti
E eu quero muito dizer para você
Que sei que vai ler
Este poema impessoal como todo escrito deve ser
Que eu me importo muito comigo
Ao ponto de querer que você encontre um fim para sua infelicidade
A qual me entristece
E você encontre a felicidade
Na Rua Me Esquece
Eu me importo e você se importa
Não neguemos o máximo amor recíproco
da Lucidez recíproca de não estarmos juntos
E da reciprocidade dos diferentes caminhos
Aliás...
Almas Gêmeas servem para isto
Uma Amizade para ser lembrada
Até que uma outra Alma Gêmea apareça
Colocando sobrevivência e felicidade
Na reciprocidade de duas cabeças
Neurologicamente capazes de amar e de serem amadas
Não é amor o que sinto
É lucidez
São meus pensamentos tomando formas
Emergindo das ruínas deixadas
As sinfônias enfim reconstruídas
Reconstruindo-me
O Tapete Mágico no qual me deito
E que sempre me levará de volta para o chão
E quando a dor diminui
A Lucidez cresce
Eu tenho sentimentos de felicidade
Além-amor e dentro do mundo
- Eu preciso de escrita, não de felicidade!
Digo para mim mesmo
E busco meu caminho
Tão certo de que existe um lugar para chegar
E equações até lá
Para harmonizar o sonho, o óbvio e eu
Vai ter poeminha? Vai ter poeminha
Tem uns empoeirados que vou desenterrar dos dias passados
Para quem quiser sentir amor sinta
E para mim lembrar do vacilo, se me permite licença para ser erudito
Então eu estarei cada vez mais lúcido e cada vez mais de coração aberto
Abraços abertos
Pelos próximos 80 ou 100 anos.
Não! Não aos teus pensamentos tolos!
Se queres que eu tenha sentimentos lindos e intensos
Que imprimam em mim aquele semblante apaixonado que adoras
Vai guardando o teu pouco dinheiro
E pague-me uma TV 85 polegadas que me dê amnésia e distrações felizes
Então sentirei o que você acha que sinto por você
Eu sinto algo
Entre a noção histórica e o senso de dever MAIS QUE CUMPRIDO
a pena cumprida por engano e a pena cumprida justamente
E agora tenho minha mente de volta
Se queres um tolo de volta
Volte um ano atrás ou mais
E certamente me terás
Tendo dito isto
Já que cabe a mim dizer a verdade
Porque você idolatra tanto a minha sinceridade
ao ponto de ser capaz de se ferir e distribuir sofrimentos por aí
Para que eu enfim diga algo que lhe afague a curiosidade
Eis aí a máxima precisão vocabular
O mantra para que seja recitado por você
Até o fim dos 12 dias:
Eu te amo
E não te quero mais
Eu desisto de nós
Hoje eu desisto
Já passei do limite da minha fé
Hoje eu desisto
Estou no limite da minha resistência
Perdi até a loucura que me serviu de lucidez
Estou vivendo de alegria fracionada
Em meio a tristeza certa
Eu nunca irei desistir de você
Mas sozinho eu não posso insistir em nós.
Eu não desisto
Eu não insisto
Porque amar você significa
Nunca amar
Você sabe que eu te amo
E te amo para sempre
Estar sozinho ou acompanhado são a mesma coisa para mim
Agora que você não está
...Agora que você não está
É hora de aceitar a verdade
Nem milagres do desejo e do amor
Vão te trazer de volta para mim
Porque apenas você pode fazer isto
E você nunca fará
Eu desisto e insisto
Que se por acaso ouvir este meu lamento
Quero que saibas que cuidarei o melhor de mim
Para que nunca tenhas que vir por um pedido de socorro
Mas porque te amo
- Socorro ! Eu te amo!
Já passei do limite da minha fé
Hoje eu desisto
Estou no limite da minha resistência
Perdi até a loucura que me serviu de lucidez
Estou vivendo de alegria fracionada
Em meio a tristeza certa
Eu nunca irei desistir de você
Mas sozinho eu não posso insistir em nós.
Eu não desisto
Eu não insisto
Porque amar você significa
Nunca amar
Você sabe que eu te amo
E te amo para sempre
Estar sozinho ou acompanhado são a mesma coisa para mim
Agora que você não está
...Agora que você não está
É hora de aceitar a verdade
Nem milagres do desejo e do amor
Vão te trazer de volta para mim
Porque apenas você pode fazer isto
E você nunca fará
Eu desisto e insisto
Que se por acaso ouvir este meu lamento
Quero que saibas que cuidarei o melhor de mim
Para que nunca tenhas que vir por um pedido de socorro
Mas porque te amo
- Socorro ! Eu te amo!
Pode...
Pode tocar sem pressa
Beijar ao som de música
Buscar quem se ama no ritmo que se está sentindo
Pode-se permitir tudo
Descobrir quando dizem que a experiência não permite novidade
Saber o que se faz quando a inexperiência não permite ousadia
Pode não saber de tudo e estar aberto para tudo
Pode querer encontro, contato
Vale a pena perverter as normas
Que dizem que tudo não passa de algo impessoal.
Pode querer colocar a alma
Se é casual, quero caso que vale a pena
Se for casual por tempo indefinido pode ser chama.
Não é mistério reacender a chama e ter sempre o que se queimar.
Pode ser aprendido. Pode ser escola. Não é esmola. Libido nos faz ricos
Pode ser tudo isto.
É imoral ser automático. Proibir o corpo de ser corpo. Achar que é máquina.
Dê ao corpo o que é do corpo. Sensibilidade, sensualidade e sexo.
Ou alma se quiser dizer tudo isso numa palavra só.
Pode tirar a roupa. Ou ficar com ela.
Pode acelerar meu coração.
Orgasmo é liberdade. Escravizar é imoral.
Pode silenciar a verdade e falar em mistério.
Mão em mão. Bocas, tu e eu.
Cada parte de mim conversando com cada parte tua.
Depois tudo isto misturado, mudanças de lugares...
Somos estrelas deste universo... Fazer amor contigo é fazer universos...
Uma imoralidade última em teu ouvido: te amo!
Beijar ao som de música
Buscar quem se ama no ritmo que se está sentindo
Pode-se permitir tudo
Descobrir quando dizem que a experiência não permite novidade
Saber o que se faz quando a inexperiência não permite ousadia
Pode não saber de tudo e estar aberto para tudo
Pode querer encontro, contato
Vale a pena perverter as normas
Que dizem que tudo não passa de algo impessoal.
Pode querer colocar a alma
Se é casual, quero caso que vale a pena
Se for casual por tempo indefinido pode ser chama.
Não é mistério reacender a chama e ter sempre o que se queimar.
Pode ser aprendido. Pode ser escola. Não é esmola. Libido nos faz ricos
Pode ser tudo isto.
É imoral ser automático. Proibir o corpo de ser corpo. Achar que é máquina.
Dê ao corpo o que é do corpo. Sensibilidade, sensualidade e sexo.
Ou alma se quiser dizer tudo isso numa palavra só.
Pode tirar a roupa. Ou ficar com ela.
Pode acelerar meu coração.
Orgasmo é liberdade. Escravizar é imoral.
Pode silenciar a verdade e falar em mistério.
Mão em mão. Bocas, tu e eu.
Cada parte de mim conversando com cada parte tua.
Depois tudo isto misturado, mudanças de lugares...
Somos estrelas deste universo... Fazer amor contigo é fazer universos...
Uma imoralidade última em teu ouvido: te amo!
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