Meu Amor
Meu Mais Doce Amor
Não darei a Ti
Porque tu és minha
mais Doce Morte
E eu sou ainda…
Algo que soprar para
ti
A Melodia da
Despedida
Em outros braços de Morte
Eu me dou
Porque pertenço a
Natureza
E tu a
Divinalisar-se
Em outros braços de
Amor
Nós nos Encontramos
Criando a Distância
Com que nos
bendizemos
Mas venha
Venha assim mesmo
Venha escutar esta
canção
Que o - Nunca Mais!
Não pode mais
esperar
Hás muito o que
ganhar com esta partida
Não planejada, mas
sonhada
Pelas mãos que
estão acima das coisas deste mundo
Mãos sobre a mesa
de jogos
Compartilhando o
Destino
Lutando para saber
quem fará mais do igual quinhão
“Onde há mais
Desejo
Há mais Serpente” Tu dizes
Há mais Serpente” Tu dizes
“Onde há mais
Serpentes
Há mais Frutos e Jardins Abandonados” Concordo.
Há mais Frutos e Jardins Abandonados” Concordo.
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I
Que seja anunciada
Que seja anunciada
Quantas vezes
necessária
A Indiferença
A Dama Indiferença
quer entrar
e quer ser aplaudida
No Oásis de meu
Deserto
Seja pois Bem Vinda
Fique a vontade
De não sentir Nada
O Amor aqui é para
ser renegado
E o Corvo que a tudo
observa
Sem tudo ver
É também adorado
com obras de negação
Interessado no que
há de ter fim
Eis aí a razão de
ser Alado
Sem carecer de tua
Verdade
Para ser libertado
Liberdade ao Corvo
É um presente
Que nunca pode ser
dado
Assim como a Dama
Indiferença
Se dá a si
Com a diferença
Que este Corvo não
se anuncia
Apenas vem
Para partir
II
Nada quero de ti
Que não seja a
Renegação
A Indiferença não
me dê
Já a busquei em teu
doce leito
Teu nada sentir
Sinto muito
Teu não amar
Já amei para sempre
E agora
Amo - Nunca Mais
III
Eu sou um Canto Maldito
Melodia que tem nos Lábios
Para anunciar as gentes
Eu sou um Canto Maldito
Melodia que tem nos Lábios
Para anunciar as gentes
Para praguejar
contra as Malécias do Amor
Até o Ponto que me
fazes o Deus do Ridículo
Agradeço o poder de
me fazer divino
Mas prefiro voar
Com o poder de tuas
maldições a me embalar
Na música cada vez
mais além
Em Teus Lábios não
pousarei mais
Quero Mais
Voar cada vez mais
Além
Até o Sorriso do
Céu
Mostrar-me a direção
Para Celebração de
outros fins
Lembro-me de ti
assim
Esqueço e enfim
desvaneço
A Canção do Vôo -
Finalmente!
A Transcendência do
Vôo da Alada Criatura Noturna
E Tu! Tu! Abaixo a
me encorajar: - Nunca Mais!
IV
Não e Nunca!
Se fazendo Divindades de cada uma de minhas asas
Se fazendo Divindades de cada uma de minhas asas
Tu! Tu! Te
apresentas como Divindade em meu olhar
Na Estrada que eu
contemplo
Eu posso fechar os
meus olhos
Eu posso bater as
minhas asas
Eu posso e vou
- Nunca mais!
V
Tu inspiras as artes
Eu recebo tuas
ventanias e vou
Se queres ouvir a
Música
Parto em lugares
altos
Ouso diante das
águas
E também queres a
Poesia…
Eu tá dou.
Deixe-me que eu seja
perto
Cada vez mais perto
Da distância de teu
Seio
E enfim
Pousarei sobre o teu
livro favorito
E ante os ossos de
teu poeta favorito
Abro meu coração e
o Amor a te querer mais
Abre-me o Grito: - NUNCA MAIS!
Abre-me o Grito: - NUNCA MAIS!
VI
Amores Finais
Amores Totais
Celebração a Ti
Todo o Amor a Ti
Brindam e se
embriagam
De - Nunca Mais!
Por Ti! Por Ti!
E em mim
O Silêncio
Que celebra mais
Sou eu um
amante?
Sou eu um Corvo
Sou eu um Corvo
Eu sei de meu ofício
nesta festa
Mas se calo-me ao
ponto
Da contemplação
desta desolação alegradas
Com estas criaturas
por teu nome
Nada posso fazer
E é Tu que fazes
Em Teu Brinde que
convida a todos
Até a mim para que
fique de longe
Tu dizes:
- Ao Amor
A Mim
A Cada um de Vós
Em cada momento a
Sós
Por Mim
Em cada ofício do
Tempo
Em cada lamento no
Templo
Que ainda não se
saciou ao ponto
De Trazer a Terra a
Lascívia às gentes
Mas ante a Fera que
não se sacia
E com quem
disputamos insana porfia
Vamos deitar vinhos
ao nosso nome na Eternidade
Porque eis que nossa
Ascenção
É obra de nossa intenção
É obra de nossa intenção
Erguei então vossas
taças
Por hora dai este
erguer as vossas mãos
É fim do silêncio
(Escuto e eis que tu
e eu dizemos): - Nunca Mais!
SETE
Um vôo sobre a asa
de um Corvo no Deserto
O que tu não
sonhaste eu te faço ver
E o que tu não
quiseste dizer eu te faço crer
É dia de tu
desviar teu olhar da Cidade
E pousar aqui muito
além do Espelho
As Areias do Deserto
que dançam por Ti
Muito Além da
Madrugada
Muito além do Tempo
a querer dançar contigo
Verdadeiramente
Deidade Indiferente a Tua Indiferença que faz Ventanias e Boatos nas
Bocas dos Povos
Como A Loucura de um
Poeta a Receber Teu Beijos nas Distâncias
E tuas risadas na
cara e na carne
Tu Dama que és
Indiferente
Adoras o Deus do
Ridículo
Quando ris e obrigas
as gentes ao teu Riso
Não mais
Agora queres que o
Corvo te leve
Para o Deserto que
te comove
O Deserto que te
leito
De todas as cartas
Que não leio de ti
Em segredo de saber
Faço-te saber
Cada vez mais
Das nuances e
melancolias
Verdadeiramente
requeridas por ti
Para que seja
nomeado: Amor
Verdadeiramente
requeiro de ti
Requeiro ver tua
Alma
Se abrir com o que
me traz a Fortuna
E o Tempo que não
descobri
Requeiro que digas
da Natureza de Teu Amor
E faço revelar que
na Divindade Mesma
Há te ter Natureza
E se não choverá
jamais
Aqui que se faça
espelho
Vou me ajoelhar a
tua indiferença
Vou adorar-te agora:
Tanto faz
Porque de agora e
sempre
Minha adoração com
Tua Face é: - Nunca Mais!
Eis me aqui
Tenho a Fé que me
entregaste para te guiar
Tenho o Teu Desejo
Cristalino, Cristais de Areias
Para me Cegar na
Colheita
Pois me entregarei a
Escuridão
Renegarei o que de
ti vem com prontidão
De se fazer Distante
Promessa ou Agora de um Verão
Pois daqui não
partirei em vôo
Porque cantarei o
que de ti somente é canção
Perseverar nesta
verdadeira Romaria
Até que eu seja a
Derradeira Miragem
De teu - Nunca Mais
(Câmera Iluminada
Pois as Trevas aqui
ficarão registradas
Dou-te o que me dou
Dou-te o que sou
Enquanto sou por ti
A serviço de teu
nome
Na luta com tua
justiça
Sim, sim...
É por ti que só
acordo de um Silêncio Eterno
Para deitar-te meu
Canto
Ouça-me Agora
Ouça-te em mim para
sempre
Eis me Aqui
A Tua Eternidade
A Divindade de Teu
Inquebrantável Espelho
A Tua Oração a te
Surpreender quando pedistes sem Fé
A Tua Maldição
quando fizestes um Mal Sem Inocência
Eis me aqui
Se me queres
totalmente
Ou não queres o
absolutamente desta questão
Arranca de mim este
Coração
Toma para ti este Amor
Toma para ti este Amor
Porque o que me
corta sangrando-me teu nome
Abre-me a
Visão
venha cá e veja a ti): - Nunca mais...
venha cá e veja a ti): - Nunca mais...
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