Deixe-me morrer de
você
Em minha mente
alucinante
Acompanhando e
contando os instantes
De um beija-flor a
bater asas tão rápido
Quando eu estando
parado flutuando
Sem nunca partir –
sem nunca chegar a Ti
Assim neste não-vôo
Deixe-me morrer de
você
Deixe-me morrer de
você
Solidão Sólida no
Deserto
Os ventos e o Sol
Nada poderá me
escaldar
Eu olharei para o
céu e verei meu céu favorito
Nestas Areias verei
tua praia
Então me crerei tão
perto de Ti
Sabendo que virás -
E o céu tão Azul
Fará cair sobre mim
a Chuva
Que há de anunciar
a tua chegada
Assim nesta Fé imaginada
Aprendo que um
deserto é tão parecido com uma praia
E que para sermos
opostos não precisamos ser tão diferentes
Basta nós que somos
tão semelhantes atrapalharmos o caminho um do outro
Ate que um ceda e o
outro aceite
E os dois sigam em
frente
Assim, seguindo em
frente sem nada seguir
Deixe-me morrer de
você
Os cavalos selvagens
seguem sua rota
Eu acompanharei eles
e correrei também
Quando enfim
chegarem no oásis
Eu olharei para cima
e vou pensar quasares
Nas distâncias do
universo aproximar
O tão perto de você
que estarei
Quando enfim chegar
no ponto do Mapa do Nunca Mais
Onde guardaste para
mim o tesouro
Nesta guia para o
Nada
Infinita estrada
Estarei morrendo de
você
Deixe-me morrer de
você
Em cada segundo
Em cada prece
Não tente aumentar
minha vida
Com vinganças ou
malditos cantares
É agora
É nossa hora
Digo ainda
E ouso tudo
É hora de deixar-me
morrer de você
Não estou em você
para clamar viver
não force a
Natureza lutar comigo
Quebrei o espelho
E fim de ilusão
Que rima para a
beleza de meu coração
Que irá morrer você
- pleno
Deixe-me morrer de
você
E desta vez não me
interrompa
A diversão acaba
aqui minha Amada
Saiba que és amada
para sempre neste entretenimento
Eternidade neste
deixar-me ir
De encontro ao Vento
A limpar o último
mim de Ti
Deixe para a
Natureza corrigir o erro
Deixe-me Errante
Amante
Ao Seio Perpétuo
do Perfeito
Julgamento de Meu Ser
Em Primavera de
Desvanecer
Morrer de você
Já posso sentir…
II
Deixe me morrer
Na Esquina
Menina
Estou eu a morrer
É uma imagem para
se dissolver
No oceano de
contemplação
Disto
Distoa
A Distorção
Lagoa enfim
Lagoa enfim
Filha de um Mar
Distante
A Lágrima Infinita
Da Saudade (…)...
Eu quero abraçar as
Tuas Pernas
E santificar-me imóvel diante delas
E santificar-me imóvel diante delas
Eu quero tocar Teu Ventre
E sentir em minhas
mãos o Oceano
Com A Harpa de Teu
Silêncio
Tocando a Música de
Teu Sem Fim
Eu quero morrer
assim
No Amor que pode-se
beijar
Sem que haja toque
Apenas provoque
A Sinfonia de
Desejos
Que de tão irreais
Batem na porta da
realidade
Realizando-se em ser
as percussões
E o compasso
Onde Amantes dançam
todos em pares
Com cada
manifestação da Solidão
A Imagem e
Semelhança de Seus Amores
Adeus
Deixe morrer
Eu que acreditava em
coisas que ainda não consigo escrever
Quando tocava e
beijava Teus Ombros
Deixe morrer
Eu no momento que
mais te amei
Eu que não fui
capaz de te amar quando mais precisavas
Deixe morrer
Eu que via você
dançar diante de minha maior dor
e celebrar enquanto
calado eu sofria
Eu que não te vi
suportando a minha dor como a tua própria
Ao ponto de ser Tu
quem de nós mais sofria
Deixe morrer
Eu diante do meu
amor e não-amor
Nunca em sincronia
com teu amor e não-amor
Apenas um adeus foi
a nossa maior Harmonia
Deixe-me morrer
Deixe-me morrer de
você
Eu estarei morrendo
de você
Seja pela última
vez hoje
Seja para sempre e
um dia
Eu morro de você
agora
Duas Liberdades
Plenas
É a última coisa
que vejo...
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