I
Na Última Carta
A Última Música
A Ùltima Dança
Na Última Carta
Sacrifícios e Exaustão do Ser em Dizer
Tudo o que não foi dito
Ainda ofuscado pelas palavras
Ainda a revelação do inefável
Num esforço de superação extrema
Nas necessidades de sobreviver
As Razões não dançam
Tampouco as emoções
Não existem encontros de qualquer espécie aqui
Na Última carta cada coisa em seu lugar
Cada coisa ao Tempo que pertencem
Antes que sejam pedra de tropeço
Para os Anos que agora caem um sobre os outros
Sem se compartilhar, sem se confundir
Sem comunhão
II
Através das Mãos
Corredores de Ilusões
A Atravessarem os porões
A queda de Lembrares Anciãos
No Erguer das Construções
Que isso venha a ensinar
O Alcançar de um Altar
No momento de findar
Ultimo amanhecer a brilhar
Para salvação de todas as iluminações recusadas
Por toda luz que não foi avistada na negligência ritual do tempo
Considerada santa e entendimento
Ciência das Coisas Futuras
III
Vez após vez
Persistência e vontade irrefreável
Para quebrar jugos
E tirar a bravura do refúgio
Se não foi feito porque não se sabia
Que farás quando a própria Sabedoria
Te acompanhar e te examinar durante o Dia
E Te enfrentar na cara com Valentia
O que nem tu na ignorância se atrevia
IV
Almejar e brilhar
Entendimento no Altar
No vento novo encontrar
Legado de todos num Jardim Solar
Meu sonho na sua esperança
Adentra num lance rápido e sai infinito
A chuva silenciosa que as gotas vão revelando
A Manifestação que convida o Olhar para a Dança
E assim se fazem Presença
Numa sempre desejada
Agora vista
Comunhão