quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um Fim

Que haja fim
Para o que amor que vive em mim
Que seja apartado de meus ouvidos
A Melodia do Amor que o Outono Inspira
Que haja fim
O princípio inquebrantável
A Fundação Primeira Irremediável
Força que me quebranta em haver me erguido uma única vez

Que haja fim
Que não permita recomeços
Que o ciclo da eternidade que fica infindo
haja uma ruptura que fique por escape
Que seja a fuga a liberdade
Quando o que sou verdadeiramente me é a prisão

Que haja silêncio nas gentes que quiserem falar de amor
Para que não apartem de mim o sono
De todo o cansaço que a esperança me causou
De toda morte que devotei a esta

Que haja silêncios nas gentes que quiserem falar do amor quando parto para longe do caminho que me foi traçado
Meu ainda...
Para que meu coração se silencie
E enfim meu coração que a todos silênciou até aqui
Entre nas asas da última esperança
A Primeira
A Mais próxima do Fim