quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Narciso

I

Eu não posso amá-la mais
Agora que não te amo como eu amo a mim
O Reflexo do Rio já não se ilumina com as formas de minha face
Com as paisagens de minhas mãos
Por ciúmes
...Estou distante

Eu não amo a nada e a ninguém
Tudo o que eu amo é onde vejo minha cara
E minha palavra
Eu amo o maior amor do mundo
Tu o sabias
Tu o querias
Não mais! Lua do Meu Sol

As transformações das estações
Se seguirão apenas neste dia
E quando eu não tiver todas em um só dia
É hora de você partir

Eu não me amo
Tanto quanto eu me amava
Antes de você chegar aqui

É tempo de partir
Lembrarei de ti em mim

A Floresta de Narciso

Na Floresta de Narciso
A Criação se iniciou com o Fogo
E depois se viu a Luz

III

Então leve-me para ela
Para a sua manhã
Óh! Minha Canção de Outono
Melodia Ainda...

IV

Eu sou o Início
Amor Primeiro
E teu Amor Eterno
Que te leva ou te retèm
de teu Amor Imortal

Leve-me a Tua Manhã
E eu te mostrarei
Óh! Noite Minha!
Tudo o que deve ser dito
Tudo o que deve ser esquecido
No dever que deves a tua História
E a Vida que deves aos meus braços milhares de milhares

Te ensinarei Melodias e Outonos
Aos quais poderás ministrar a todos os teus Amores
E se porventura escolher um entre estes
Para ser A Árvore de Teu Jardim
Irei te ensinar O Cantar do Sim ao Fruto
De Tua Queda no Amor encontrarás Triunfo
Do Passado Futuro
Então o Amor te reterá
Em Teu Jardim
Jardim deste
E de Teu Amor Imortal

E se lhe escapar conhecimento
Do Bem e do Mal
Da Floresta e dos Céus
Das Multidões Amigas
E de pares em guerras
Lembre-se
De meu Amor Eterno
A qual poderás retornar
E partir
Que eu sou o Início
E Fim
Para Ti
E para além de Ti
Dentro de Seu Ser
Estou além do Início e do Fim
Eterno
Recriando-me
Revelando-te
Com Amor em Mim