A Mente mente
A Mente que sente
É navalha
Em qualquer mente desavisada
Desta navalha sangram palavras
Rios de mentiras
E mais um tolo cantante a alma (metafísica)
Canta para a vida
Cai na mente
Fora do Amor e fora da Morte
Fora com as palavras da mente
E com a mente das palavras
Que haja um mundo profundo
Um mundo de sentimentos
Sem palavras
Com lavras
De sonhos e delírios comigo
Um mundo sensível
Dentro da verdade e da natureza
De criaturas líricas visíveis
De livros andantes incríveis
Seja feita a nossa identidade
Eis a vontade
De não-mente
Eis a vontade
Defendida de infinitas possibilidades
No centro da vida
Da única vida e do único ser
Do amanhecer do amor e da noite
Do amanhecer do amor e da noite
Que acabam agora.