No Jardim
Milhares de Amizades Cantam
Ao Amor
Que nunca será
Por favor
Compreenda a mim
Alma Minha
Compreenda que compete a mim
Amar o Amor que nunca será
É necessário
Construir ante os cânticos
Monumentos ao Amor
Inalcançáveis e intermináveis
Que nos consuma
Só assim seremos dignos de adorar
E trabalhar
Em prol do Amor que nunca será
Agora e jamais
De Mãos dadas
As Vozes da Multidão
De Almas Eternamente Solitárias
Em comunhão
Pelo poder do Amor que nunca será
Deixe assim ser
Alma Minha
Está para chegar o Amanhecer
Quando o Sol brilhar
Fujas na primeira oportunidade
Que haverá uma porta no meio do jardim
A dizer lhe do caminho que leva
Para a Eternidade
Ah! Vejo que não é este o caminho
Então abraça-me forte
Pois sabemos e queremos o Norte
Da Beleza que se faz aqui
Da Beleza que nos multiplica
Entre essas gentes-feras-amicas
Do Amor que jamais entre nós fica
Que jamais de nós se aparta
Estamos encantados
Estamos reunidos numa mesma família
Em prol daquilo que se deve
Em prol da possibilidade de todos os seres
O Amor que não pode ser
Neste recanto em segredo do Universo
Ao qual se chega sem nenhum regresso
A Alma não deixa partir ao conhecer aqui
Óh! Belezas contemplo
A Alma Minha não me deixa partir