terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nos Campos de Algodão

Venha comigo
Passear pelos campos de algodão
Pela última vez

Eu preciso
Encarar seu olhar
Pela Última vez

Existe alguma coisa diferente
No Azul que Deus planejou para o céu
E para nós neste dia

Se encontrássemos nossos avós
Certamente nos contariam outras histórias
Que nunca cogitaram lembrar
E que nunca pensaram que iriam inventar
Num relance tão fácil, numa emoção tão verdadeira
Tamanha é a importância deste dia
Deste dia tão diferente
Tão comum e tão especial

Por isso é necessário
Juro...
É imprescindível
Que você venha comigo
Para os campos de algodão

Depois que partirmos
As histórias serão semeadas em todos os lugares
Que não sejam este aqui

Os velhos sermões de nossa pequena igreja
Também apenas serão entendidos
Quando fora daqui estiverem perdidos
Os ouvidos que só ouvirão pelas preocupações
Como que de marinheiros sem referência num mar revoltoso
Pois estarão entre multidões revoltosas que parecem se mover apenas para frente

Mas nem assim perderão a fé
Pois os velhos sermões
Lhes farão andar verdadeiramente para frente
E a nossa pequena igreja
Se revelará ainda maior
Do que pensávamos que poderia ser

A fé irá se revelar grandiosa
E nos fará lembrar dos momentos esquecidos
Que semeamos pequenas sementes
Completamente Distraídos

A Alma dos Campos
Permanecerá
Irá imprimir nova vida
Onde a Vida é necessária
Irá levar coração
Onde coração irá ser a fonte de novos engenhos
Irá levar Beleza
Por fazer os olhos olharem
Para onde ela parecia estar escondida

Eu vejo a bênção deste horizonte...
A Velha Estação
Pequenas bagagens e grandes sonhos em mãos

E na bênção deste horizonte
Que faz tudo ficar belo
Eu coloco todo o meu coração
No nosso último beijo

Tantas coisas para recordar
Levarei todas elas na memória
Porque apenas elas me darão forças
Para fazer minha história
E enfim poderei não apenas olhar para trás
Poderei voltar
Quando vir aqui não for mais regresso
Quando vir aqui for a conquista
Que Deus me atendeu em oração