quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Venha a Serenata

Venha atrás de minhas palavras
Já és minha quando estás atrás de meus ímpetos
Alguém tal a mim nunca mais verás
E sabes que deves atirar a mim em alguma chama
Para que o nunca mais seja obra de tuas mãos
Ora, ora, ora... Venha... Alguém tal a mim nunca mais verás
Venha que o nunca mais se aproxima
Atirarás a mim nas chamas mas não reterás as cinzas
Atirarás os pós de suas asas mas não serão acolhidas na colina
Venha, venha assim, ainda...

Que eu te guardo um bom nome
Um bom nome...
Nesta serenata

Ei de cantar para sempre a nossa despedida
Ei de aprender para sempre com as oferendas dadas
Para a vaidade que só sobe a sua alma passando por teu corpo
Desconhecendo a verdade e conhecendo ao derredor dela
Que belo par que a gente era!
Cumpri meu ofício com lealdade
Até os ventos me livrarem de você
Que à poesia a fidelidade final é ser arrastado
Por força ou coisa que é capaz de voar

Fica para ti as asas
Para suas celebrações em teus palácios tão bem adornadas
Eu me vou no vôo
Vôo de poesia entre as ventanias eu sou
Sinta a brisa
Colha para ti o caos que fica na cidade bem guardada
Aí está meu presente, óh minha namorada

Venha que guardo para ti um bom nome
Não se assombre com meu fantasma a adentrar teu quarto
Com resquícios de eterno desígnio que tu amaldiçoas eternamente
Todos os que se julgam benditos em se arrastar por suas conjurações
Venha, venha... Não finjas desconhecer os nossos desejos não confessados e não escondidos
Guardo para ti um bom nome
Nesta serenata
Dentro da última carta
E dentro dos infindos beijos a chamarem uns aos outros
Meu amor

Guardo para ti um bom nome

Ah sim... Arrastar...
Tu e o Mar guardam juntos este segredo
Preparar quaisquer sorte de inconstantes para a queda e assim regar a vossa face
Comandar quaisquer iniciativas frágeis a virarem obstinações
De chegar a apenas um lugar seja a qualquer custo
A qualquer queda, a qualquer forma de seguir em frente

Ah! Tu e o Mar guardam juntos este segredo
Bem sei e nada sei
Quando estou a contemplar suas falsas calmarias
Verdadeiras profundidades
Tudo o que anjos como eu que só voam obrigados pelos arrastares
Mais querem
Não conseguem manter o que descobrem
E caem... E caem...

E nos arrastares e violências do ar e do mar...
Onde tu separas os poetas, dentre os nautas
E separas a poesia entre os amores
Tu sabes que eu continuo a me deixar levar
Com fidelidade
Os outros são apenas fiéis
Sei quais sortes de homem você escolhe trazer para sua noite
Sei que sempre nos escolhemos no final, porque não queremos ser enganados em nossos desejos
Finais eu trago em meus abraços e você quer todos
Os enredos não resolvidos trago em minha boca
E assim nós resolvemos os males da alma e os problemas da eternidade
Assim tu queres e assim me deixo arrastar
Resolvendo o que se vai e o que pode aproveitar finais

Sabes bem que o que melhor fica na memória não carece de ser preservado
Venha, venha... Cuidei antes de nos vermos desta noite
Comigo as palavras com que gostas de ser tocada
Venha... Venha...
Óh! Amada... Amada...
A Noite cai bela em ti
A azura da lua e das estrelas
Vou espalhar por toda a sua delicadeza
E vou beijar a sua fortaleza
Óh! Criatura da Perfeição
Ou Perfeição ela mesmo forcejando a vir a mundana minha por prazer

Venha... Continue a vir
Que guardo um Nome Perfeito
Tal Perfeita tu és
No Fim desta Serenata