domingo, 6 de dezembro de 2015

Asas

Óh tu das mãos-atadas
Que não voas agora?

Óh tu das mãos-atadas
Teus sonhos ainda não saíram do chão
Qual é a forma que irás ter com eles
No olhar no céu que te observa a tua imobilidade?

Óh de mãos-atadas
Que será de ti agora?
Tuas mãos em comunhão
Estão na prisão

Óh tu das mãos-atadas
Assim como estás voa
Assim sem esperança vai
Ou com a esperança quebrada tropeça em alguma nuvem
Que em ser visitada assim te abra uma estrada

Óh tu das mãos-atadas
Acredita
E se acreditares
Voarás ainda que não acreditando
Se erguerás do chão ainda que não vendo-o afastar de teus pés
Teus sonhos te buscarão quando não puderes
De tuas mãos atadas sairão anjos
Com as preces de fazer das mãos onde saíram gratos
As Asas que necessitas