domingo, 6 de dezembro de 2015

Nada me pertence

Nada me pertence
Nem mesmo o sonho que é meu
Nem mesmo o passado que me faz
Nem mesmo o Futuro
Esta cobra alada
A vir me cobrar os frutos
E me abençoar os pássaros

Os pássaros de meu Jardim
Correm tranqüilos por mim
E hão de voar para fora de mim
Na hora que mais preciso destes por perto
Diantes dos visitantes que estão aqui

Ah! Digo essas coisas
Apenas para cantar
Que nada me pertence
E que os pássaros voam

Ao menos meu Jardim
Eu poderei esconder a mim
E quando não mais puder me ver
Eu ao menos poderei ser
No Jardim e a mim
Que pertencerão nem a um e nem a outro
Serão uma só coisa
Que não desconheço e não nomeio