sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Madrugada

A madruga alcança seu apogeu, a insônia vai aos

limites e sou dos que vêem nisso uma espécie de

transcendência, todos os esforços recaem por

serem em vão e por teimosia do espírito humano

isso ainda consegue ser surpreendente. A

madruga continuará, os corações não, a busca

pelas respostas foram apenas acréscimo a luz da

lua para alimentar aquela transcendência que já

falamos a respeito, as perguntas continuarão a

triunfar sobre os rivais a serem atirados para

elas, finda agora o surpreendente. Depois de

muito tempo passado (isso menos por força do

tempo do que da conveniência) ouvi contos de

almas que diziam-se abençoadas através do

desamparo contínuo da Madrugada e a vitória sem

par das Donzelas Triunfantes a quem iremos nos

referir ainda vezes milhares. Depois disso nada

mais farei... Juntar-me-ei a estas almas... Até

ser todas elas... Não mais estarei

desamparado, serei o desamparo, jamais ficarei

sem respostas, quedarei morto ante aos pés das

Donzelas Triunfantes.