quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Noite no Deserto

O Lugar Algum em que me vou / Tal deserto ou milagre que me arremessa / Ora nas areias de América, hora nas areias de China
Reencontra-me com que sou
Vejo você por obra de fogo a trazer luz e visão

- A Noite em um grão de areia!

Contraste bonito... e as palavras que caminharam em teus templos me vêem
A Luz Solar no Infinito
Palácio de areia e teus laços em comunhão / Em Dança
Tudo promete Azura - Eu sinto
Eu acredito
Em tua infinitude... Em tua imensidão

- Deixe me desvanecer na imanência - Deixe a procura no labirinto viver
- Se ante a eloquência da verdá - Está em estar e não em ser

Para finalizar
E encerrar a última porta
Ecoa em meu peito
No momento mais maldito
Inaudito na Inocência vinda do espírito
Tal dito

"Vi sua alma crescer nos desejos das areias paralisadas
 Fora do tempo e fora do Ritmo
 Ainda dentro do Intervalo: A Música cresce
 A Beleza fora do que é chamado bonito
 Som fora do alcance dos ouvidos
 Você fora de meu alcance
 Então que dance... Dance eternamente
 Perante as paisagens desta Noite a caminhar no Deserto
 Dance e não perca a última chance
 Para te abençoar a terça, a sétima e a décima
 A terça, a sétima e a décima
 A contemplação eterna e o contemplador que passa
 Te abençoam
 Passar bem é necessário
 Para poder ouvir de outras vozes
 Boa viagem! Boa Viagem!
 Que apenas nos votos a quem se vai se ouve as palavras de Verdade
 Que apenas nas despedidas que se ouve palavras de libertação
 Que apenas nas Danças se vê a Face Amiga do Amor
 E vai a Entidade da Beleza para uma outra paisagem
 Para a Infinda Amizade - Diversa
 Na Imensidão das Templas Amares - Milhares - Se Unir
 E nunca mais deixar de ir
 E nunca mais deixar de ir"

Sua alma grande tal a Ásia
Nestes ventos noturnos eu observo
Nestes dou o abraço, o último abraço real que poderia te ofertar
Velejo pelo Oceano de uma Terra que acusa ser minha
E faço por Ti - Estandarte por Ti
Mares por Ti - Tempestades por Ti

E ao olhar pela última vez a última face amiga do Deserto
A última vez que olho sem medo e sem temor de desejar e ofertar carinho
A sua face sempre amiga
Eu sinto... Eu sinto
Tu me entregas a chave
Em teu vestido escarlate
Que faz o destarte das infinitas navegações
A comunhão me apodero de todos os que navegam mares
E em imensa gratidão do gesto e presente-liberdade que oferecestes a mim
Eu navego em gratidão a Ti
Faço viagens milhares em gratidão a TI
Mares a Ti - Tempestades a Ti
Por mim... Por mim...