quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Credo

Desculpe-me se não pude ser Deus para seus Demônios Pessoais.
Perdoe-me por não me arrepender.
O que você queria que eu fosse, eu não poderia ser.

Lá eu não poderia ser.
Onde seria Deus para seus demônios.
Igreja para sua vontade de crer.
Fé para sua vontade de cair.

Eu sou um Abismo Sem Fim
Mas não caias tu em mim
Não hás dignidade para tal
Vistas as asas ensaiadas
As lágrimas em harmonia com sua completa queda
Caia em solidão, chame teu desespero de irmão
Passe tudo isso e desta forma
Verás ainda alguém que merece toda a sua destruição
Toda sua vontade de alterar os passos e negar as danças
A Entidade que está no Espelho
A Única que não está de Joelhos
De seguir o Destino com uma roupa de Luto apenas para rezar a Deus no Escuro
Ao Deus que eu não escuto
E que tu não confessas
Não será Ele e tampouco Eu
Para seus Demônios Pessoais

Então vás Criatura Demoníaca!
Eu te exorcizo, eu te liberto
Podes voltar para velar os palácios de glórias passadas
Tu que escolhes reinar entre as ruínas
E fingis celebrar entre a Plebe
Vá-te! Saia! "Nós te excomungamos!"
Não terás teu lugar no Piano
Não terás teu lugar no Profano
Não terás teu lugar entre o Povo
Vá! Vá!
Nós te expulsamos

Então vás Criatura Demoníaca!
Te arranco fora do Inferno
Te devolvo a Salvação e Tua desejada cruz
A Cruz de Seu Coração
Que aqui não é lugar de hipócritas
Só ardem aqui os que se alimentam de próprias Chamas
E chamam a si mesmo por Nomes nunca negados
Não toma parte deste Inferno os Hipócritas
Os que desconhecem a razão de estar onde estão
E ser o que são
Tu que desconheces a razão vá embora!
Tu que não sabes tampouco desconhecer uma razão
Vá embora para tua fé! Aquela de tanto tempo conhecida!
Eu te liberto! Eu te curo! Eu te descondeno de ser julgada por aquilo que és!
Vai te em paz para o Paraíso! Não adores mais Teu Deus em Esconderijos!
Pregue tua fé! Confesse seus desejos risíveis
Que haverás de ter um semblante sério de herança
A Zombar de ti em oculto por trás de tua eterna esperança
Espere, espere...
Mais beatos são os que esperam
Tu que já crês
Tu que já amas

As afrontas que te chamam
Rezam onde você deve brilhar
Nos céus inertes de Tua Saudade