sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CXVII

Se há muitos que sofrem
O poeta deve sofrer
Se há quem se alegre
O poeta deve fingir-se feliz

Este vazio
Que tomou a forma de teu semblante
Quando distraístes de tua tarefa
E de tua vontade

Sei que desistiria
Se desistisse
De permitir um novo fôlego de vida
Lhe dar ar novamente

Inspire!
Agora inspire
Podes também ministrar
A outros este ar

E siga teu caminho
Sozinho
Siga teu caminho
(Podes acordar!)

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