Eu odeio meu inimigo com um ódio completo
Uma raiva tal que excede todo meu ser completo
Uma ira que está além de mim poder expressar
Resta-me apenas saciá-la para que eu continue a viver
O meu inimigo estraga tudo o que eu faço
Quando desejo algo, ele é o primeiro a me desanimar
Quando vou alcançar algo, ele é o primeiro a me atrapalhar
Quando surge as batalhas, ele é o primeiro a me enfrentar
Quando começo a agir, ele faz de tudo para me impedir
(De todos os meus problemas o pior é ele)
Pedindo ajuda ele me traz mais infortúnios
Clamando pelo socorro ele surge então para me destruir
Ele é uma grande amargura para mim
O meu desgosto, o meu desprazer, meu descontentamento
É horrível, é péssimo, é a aflição e aborrecimento
Contínuo para minha alma, mas é meu acima de tudo
Há em mim uma vontade que se dilata
Que me consome como o fogo
De matar-lhe, de destruir-lhe
Perseguirei- até o fim
Enfrentarei ele enquanto não faltar vida em um de nós
Havendo fôlego esforçarei para empregar o meu ódio contra ele
A cada dia e cada segundo vou degladiar com ele
Em todo lugar, em toda situação
Qualquer tempo é oportuno para enfrentá-lo
Independente de qualquer coisa
Qualquer clima, qualquer espaço
Seja sem platéia, seja sem testemunhas
Seja sem ele
Não havendo armas o destruirei com a minha raiva
Não havendo pretexto o nascimento dele é a razão
Esse é o vil ser, o indivíduo que está condenado
Irrevogavelmente a sofrer a condenação eterna
No lago de enxofre, de ódio, de raiva
Do meu coração, onde amargará perpetuamente
Esse é a desgraça da minha vida, meu
Vitupério, minha paga pelos meus erros
Tenho por ele um ódio que chega a ser
Altruísta, me martirizaria e daria
Minha vida por ele, por odiar ele
Eu lhe faria até bem se eu não pudesse
Ao mínimo ter a possibilidade de saber
Que lhe sucederá um mal maior a ele
Emprego tudo o que sou, tudo o que posso
Tudo o que eu desejo é para seu mal
Esse é criminoso, esse é o culpado
Esse é o meu pior inimigo(...)