Anjo de Deus, Anjo de Deus!
Dá-me tua benção
Senão te impedirei de ir embora
“Sou anjo e tenho asas
Que há de me impedir de ir ao céu?
Sou puro e sou santo
Quem irá me impedir de ver a Deus?”
Sou poeta e tenho palavras!
Vou ao céu ainda que me seja proibido
Sou impuro e profano
E apesar de tudo: Sou Deus!
E nessas minhas mortais palavras
Desafio tua autoridade
Nunca vencida por força humana
Mas tão frágil perante minhas ventanias!
E crês ter muito e ser excelso
Talvez antes, agora não mais
Pois ao abrir tua guarda
Dardos inflamados em ti adentraram
Transformaram teu branco em escarlate
E sem meu anuir serás anjo? Jamais!
“Que queres então? Oh! Mortal e frívolo
Conceder-te-ei apenas um desejo
E em nome de meu Deus ao fazer isso
Não me demorarei à partir
Pois meu espírito tende a elevar-se
A romper com o pisar na terra aqui
E se em teu lugar pudesse pedir
Pediria a vida eterna em lugar dessa tua:
Em constante sangrar
Sempre a esvair...”
Peço que quando eu estiver em meu caminho
A dormir e a sonhar sozinho
Que você e todos os anjos
Vá impedir o sono alheio em outro lugar!
Por que nos meus céus e nos meus paraísos
Somente quero sentir a beleza do cantar
E não interpretações ou profecias
Quando estiver no templo de Deus a brincar
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