terça-feira, 5 de novembro de 2013

O Assassinato do Português

O Português cruza a rua
Saúda eu e saúda você
Vai para a padaria
Volta para casa com os pães

O Português senta à mesa
Conversa com a família
Desde o Árabe até o Inglês

(Então...)
Me aconselha a evitar a rima
“Mas não a vida!”
Sugere-me cortês

(Sai novamente para a rua
Simpático cruza a Avenida Brasil do Norte ao Sul
Popular, cada um conhece ele de um jeito
E consigo encontrá-lo novamente)

E enquanto a vida segue seu rumo
Como um levitar, um aprumo
Surgiu das trevas o assassino
Ora, pois! Também tu?

Sim, estava eu junto ao assassino
Matar ele também, sou comparsa
“Vai ser notícia de televisão!”
“Vamos ler isso no jornal antes de irmos à prisão”!

Do nada apareceu seu filho
“Não mata papai não”!
Mas o disparo já fora dado...

Serei pago, pois cumpri com o contrato
Aquele tratado
Que já assinaram assassinando então

Mas maldito é este herdeiro!
Fugiu-me o Portuga
Matei o Português
O Português Brasileiro!