terça-feira, 5 de novembro de 2013

Poesia Capitalista II

Se você teve prejuízo
Não me tenhas por grosseiro
Pois não tenho nada a ver com isso
É da sua desgraça que tiro meu dinheiro

Tampouco me importaria
Se seus comércios estão fechados
Irei pular de alegria
E ver o aumento dos meus saldos

Quando seu caso for sério e mal
Não fique pessimista
Você dará dinheiro ao cemitério e o hospital
Dos quais sou acionista

Na dívida tirarei da provisão de sua criança
Da sua família ficarei com o patrimônio e a esperança
Serei como teu único, último e primeiro
De tudo que tiveres serei o herdeiro

Jubilando contemplo o mundo
Vejo a alegria de quem vendeu
A lei ética da livre iniciativa
O prejuízo que graças a Deus não foi meu!

Quanto mais observo o capitalismo
Mais por ele me apaixono
Que promove o consumismo
Para o lucro do dono

Oh! Capitalismo razão da minha alegria!
Que é o sistema onde o trabalhador vende sua força de trabalho
E aplica na matéria-prima do empresário
De onde se tira a mais-valia

Sejai isso vosso cântico usual
Meditai nisso todo dia
Capitalismo não é o mal
Mas sim poesia