terça-feira, 5 de novembro de 2013

XXXIII

Não me comovo
Com sete coroas lançadas
Ou rosas dadas
Apenas com algo direto e oriundo do coração

Não me importa dizer
Que pertenço ao palácio
Que pertenço aos quartéis
Mas apenas que pertenço a teu coração

Será que se você visse
Eu frio e esmorecido
Ainda assim me darias um lugar junto ao teu coração
Ainda assim me abraçarias

Mas sei que não estou aí
Foram outros os convidados: Destes assentos a distantes espectros
Não há lugar para mim senão a estrada
E eu ainda espero morada

Estou a porta e bato
Bato novamente
Paro, mas continuo à porta

Mas que isso te importa?
Negaste a mim a dádiva eterna
Que com meu sangue e minha velhice eu comprei

Não morarei aí
Eu sei!
Vou me embora sozinho
Quem seguirá um rastro de sangue pelo caminho?

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